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A náutica de recreio ficou mais pobre

A notícia surgiu crua e dura como tudo o que é inesperado.

Morreu o ÂNGELO, um amigo de longa data, sobejamente conhecido pela sua generosidade e pela forma como pautava o seu desempenho no sentido de ajudar todos quantos, no círculo da náutica de recreio da nossa Região, lhe pediam uma opinião, uma ajuda, ou um simples conselho que nunca regateava, sem que para tal exigisse qualquer compensação.

Conhecemo-lo desde os anos 60, em que com o seu pai e seu irmão constituíam figuras omnipresentes no então calhau de São Lázaro, onde o Clube Naval do Funchal matinha a sua Sede Náutica num barracão e num espaço onde os jovens dessa geração formaram o seu gosto pelo mar e por tudo o que se relaciona com as atividades marítimas.

Depois de uma longa atividade profissional no Departamento Mecânica-Auto do Aeroporto da Madeira, o ANGELO reformou-se há meia dúzia de anos, dando largas então aquilo que mais gostava: o vai - vem entre as marinas da Região no sentido de marcar uma presença solidária em prol de todos quantos solicitavam o seu apoio.

Amantes do mar desde muito jovens, logo que as nossas vidas profissionais nos deram uma folga – e essa surgiu depois de reformados – eu próprio e o amigo de sempre Rui Velosa, adquirimos um veleiro, o Té Já, com o qual nos deliciamos nas calmas águas da nossa Região.

A vida não para e vai continuar no seu inexorável até ao infinito. Mas os finitos e os simples mortais como nós, onde os sentimentos e as emoções não são palavras vãs, não podemos nunca olvidar todos quantos nos são gratos e amigos de sempre.

Ao Noel Ângelo Henriques Fernandes, companheiro de tantas e gratas recordações, não pedíamos deixar de prestar esta simples e singela homenagem e endereçar os nossos sentidos pêsames a toda a família.

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