Governo Regional exige resposta da República até 2 de Maio
“Neste momento, nós não aceitamos que aquilo que se reclama contra a Holanda se faça no país”
O Governo Regional está neste momento a ser sustentado pelo Orçamento da Região (OR). A questão é por quanto tempo. Miguel Albuquerque responde que o OR tem de “aguentar o tempo necessário”, mas adianta também que logo após o estado de emergência “temos de avançar para uma situação de carga.”
O governante revelou que houve até ao momento “um aumento exponencial 80 milhões só na saúde”. Além deste aumento e do aumento da despesa social, houve uma quebra do lado da receita, devido à quase paragem da economia, que não gera impostos. “O nosso horizonte é até ao fim do estado de emergência, até 2 de Maio. Temos uma solução logo a seguir”.
Miguel Albuquerque afirma que o Presidente da República ao decretar o estado de emergência sabe que este tem implicações muito graves na região, no esforço que tem de fazer. “Há um compromisso do Presidente da República na defesa dos interesses da Madeira e Porto Santo”, acrescentou. Não querendo se pronunciar por dever de “sentido de Estado”, recordou que Portugal é um país que reclama solidariedade na União Europeia. O Primeiro-ministro disse que era “repugnante a atitude o ministro das Finanças da Holanda” porque não levava em conta as necessidades dos países que mais precisavam de ajuda e levava a uma situação assimétrica para a Europa. “Neste momento, nós não aceitamos que aquilo que se reclama contra a Holanda se faça no país”, disse, referindo-se às reivindicações da Madeira junto do Governo da República, nomeadamente sobre as condições da dívida. O líder do executivo madeirense até aceita que o Estado não apoie a Madeira, mas não que impeça de recorrer dos mecanismos disponíveis. Até ao dia 2 tem de haver uma solução, reivindicou. “O Presidente da República não manda no Governo, mas tem os poderes”, argumentou.