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Comemorações como 25 Abril e 1.º Maio só com cautelas adicionais, diz a ministra

FOTO TIAGO PETINGA/POOL/LUSA
FOTO TIAGO PETINGA/POOL/LUSA

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que qualquer comemoração em Portugal, como as marcadas para o 25 de Abril e 1º de Maio, terão de ser acompanhadas de cautelas adicionais por causa da pandemia do codiv-19.

Questionada sobre a sessão solene de comemoração do 25 de Abril na Assembleia da República e a manifestação do 1º de Maio, a ministra referiu que “não será uma celebração como a dos outros anos”.

“Não podemos também deixar de entender que só poderemos sobreviver enquanto grupo se conseguirmos ter o nosso grupo unido em torno daquilo que são os aspetos que são referências sociais e também a capacidade de nos readaptarmos às novas exigências”, disse Marta Temido durante a conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal.

A ministra considera que é possível assinalar “determinadas datas que são importantes para o nosso espírito, a nossa sociedade, o nosso sentimento de pertença, se conseguirmos fazê-lo respeitando as regras de prevenção e recomendadas pela saúde pública”.

“Qualquer comemoração e celebração terão de ter isso presente e será acompanhada dessas cautelas adicionais”, acrescentou.

E rematou: “É tudo igual, mas diferente”.

Na sequência do agendamento da sessão solene de comemoração do 25 de Abril na Assembleia da República, para a qual está prevista a presença de 130 pessoas, mais de 15 mil pessoas já assinaram uma petição ‘online’ a pedir o seu “cancelamento imediato”.

“Não se admite que a Assembleia queira comemorar o 25 de abril, juntando centenas de pessoas no seu interior” numa altura em que “se pede a todos os portugueses que se abstenham de sair de casa” e “em que se pede que não exista concentração de pessoas” devido à pandemia de covid-19, alegam os peticionários.

Para estas pessoas, “é uma vergonha” a sessão solene aprovada, porque demonstra que os partidos “não respeitam minimamente o povo”.

Na sexta-feira, o Governo aprovou um decreto sobre o estado de emergência que mantém a proibição de desfiles e manifestações de qualquer natureza, mas abre nova exceção ao dever de recolhimento para as celebrações oficiais do 1.º de Maio.

Na lista de exceções ao “dever geral de recolhimento domiciliário” do artigo 5.º é acrescentada uma alínea para admitir que os cidadãos possam “circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas” com o propósito de “participação em atividades relativas às celebrações oficiais do Dia do Trabalhador”.

Portugal regista 687 mortos associados à covid-19 em 19.685 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 30 mortos (+4,6%) e mais 663 casos de infeção (+3,5%).

Das pessoas infetadas, 1.253 estão hospitalizadas, das quais 228 em unidades de cuidados intensivos, e 610 foram dadas como curadas.

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