Nadadores-Salvadores no controlo de distanciamento social
‘Expert’ sugere alternativa à interdição dos espaços balneares que passa por assegurar vigilância e assistência a banhistas em maiores extensões de praia
Consciente que a qualidade de vida não compreende só a saúde física mas também o estado psicológico e porque a alteração dos estilos de vida, nomeadamente as alterações nos tempos livres são factores que têm um forte impacto na saúde das pessoas, o especialista em Operações de Resgate em Massa da IMRF (Federação Internacional de Resgate Marítimo), Paulo Falé, alerta para a importância de se pensar também no bem-estar da população. Em causa a decisão de interditar os espaços balneares no próximo Verão.
Na opinião deste oficial da Marinha Portuguesa que já foi Chefe do Serviço de Segurança Marítima e Patrão Mor na Capitania do Porto do Funchal, em vez de pura e simplesmente decidir-se pela proibição da prática balnear a oportunidade deveria ser aproveitada para “assegurar vigilância e assistência a banhistas em maiores extensões de Água Balneares (AB), permitindo o acesso gratuito a toda a população, com o controlo de distanciamento social a ser efectuado por Nadadores-Salvadores Profissionais (NSP), integrados em Planos Integrados de acordo com a Política de Prevenção Municipal, de Afogamento em Águas Balneares (PPMAAB) de cada Município”, manifesta o também Formador Nadador-Salvador através de publicação no página do Facebook ‘Ondas Calmas’.
Sob o título ‘Voltaremos a ter as Praias de Banhos com ‘Black Flag”, Paulo Falé começa por abordar a sensível questão da época balnear que se avizinha com criticas à visão estratégica limitada.
“Na primeira oportunidade e recorrendo a uma visão estrategicamente limitada, foram interpretadas as determinações do adiamento, ou cancelamento da realização de todos os espectáculos, festivais e outros eventos de massas, na Região Autónoma da Madeira, a fim de evitar aglomerados de pessoas, altamente potenciadores da transmissão e propagação da doença infeciosa covid-19, de forma a minimizar custos, na salvaguarda da vigilância e assistência a banhistas, durante a Época Balnear”, começa por escrever.
Regista depois que “o aproveitamento da determinação, para comparar Complexos Balneares (CB), Praias de Banhos (PB) e Águas Balneares (AB), todos com diferentes taxas de ocupação instantânea e argumentar que a salvaguarda do distanciamento social exigido, apenas pode ser implementada, em locais onde exista controlo de entradas”, considera.
Feitos os reparos, Paulo Falé avança com a proposta daquilo que entende ser a fórmula mais equilibrada para salvaguardar a saúde e garantir o bem-estar.
“Talvez fosse oportuno pensar no bem-estar da população, aproveitar a oportunidade para consolidar o processo de aprendizagem e assegurar vigilância e assistência a banhistas, em maiores extensões de Água Balneares (AB), permitindo o acesso gratuito a toda a população, com o controlo de distanciamento social a ser efectuado por Nadadores-Salvadores Profissionais (NSP), integrados em Planos Integrados de acordo com a Política de Prevenção Municipal, de Afogamento em Águas Balneares (PPMAAB) de cada Município”, concretiza.
Fica o desafio!