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Governo britânico forma equipa para acelerar vacina

FOTO DAVID CROSLING/EPA
FOTO DAVID CROSLING/EPA

O governo britânico lançou hoje um grupo de trabalho para tentar acelerar a produção de uma vacina de imunização contra a pandemia de covid-19, mas um dos conselheiros científicos admitiu que o processo vai demorar muitos meses.

O grupo de trabalho vai juntar o governo, académicos e representantes da indústria e vai supervisionar todos as fases do processo, incluindo a coordenação com reguladores para facilitar testes médicos e trabalhar para garantir um fabrico em grande escala, ao nível de milhões de unidades.

Uma das medidas foi investir 14 milhões de libras (16 milhões de euros) em 21 projetos científicos para tentar acelerar o progresso de vacinas e tratamentos, juntando-se a um compromisso anterior de 250 milhões de libras (288 milhões de euros) para a Coligação para a Inovação na Preparação contra Epidemias (CEPI).

Segundo o ministro da Economia, Alok Sharma, um dos seis projetos que recebeu financiamento do governo britânico está a ser desenvolvido na Universidade de Oxford e já está na fase de ensaios pré-clínicos, devendo passar em breve para a fase de ensaios clínicos.

Porém, o principal conselheiro científico do governo, Patrick Vallance, alertou para ainda vão demorar vários meses até existir um produto final, disse, durante a conferência de imprensa diária sobre a crise da pandemia de covid-19.

“Primeiro, temos de ter uma vacina e isso não vai ser daqui a dois dias ou dois meses. Fazer uma vacina é um processo complicado e não tem apenas de funcionar, tem de ser seguro e para uma doença como estas tem de ser mesmo seguro se vai ser usado na população toda”, vincou o farmacologista.

Vallance adiantou que primeiro será preciso “garantir que os mais vulneráveis estão protegidos e depois alargar a vacinação” ao resto da população.

O Reino Unido registou 14.576 mortos em 108.692 pessoas infetadas durante a pandemia covid-19, de acordo com a atualização dos dados feita hoje pelo Ministério da Saúde britânico.

É um dos países com maior taxa de letalidade, atrás dos EUA (mais de 33 mil mortos 671 mil casos de infeção), Itália (22.170 mortos, em 168.941 casos), Espanha (19.478 mortos, 188.068 casos) e França (17.920 mortos, 165.027 casos).

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