Três civis mortos em Tripoli em bombardeamento atribuído a Khalifa Haftar
Pelo menos três civis e morreram e outros 18 ficaram feridos na sequência de um bombardeamento no sul de Tripoli atribuído às forças de Khalifa Haftar, líder do governo não reconhecido no leste da Líbia.
Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, fonte militar da aliança “Vulcão da Ira”, integrada pelo chamado Governo do Acordo Nacional (GAN), reconhecido pela ONU, assegurou que um míssil da classe Grad atingiu e incendiou um edifício na localidade de Al Kuraima, matando os três civis.
As tropas de Haftar, prosseguiu a fonte, atacaram hoje também vários bairros da capital, combates que terminaram com a vitória da aliança.
“As forças do ‘Vulcão da Ira frustraram um ataque das forças de Haftar (...) próximo do estratégico aeroporto internacional de Tripoli. Estamos a avançar na zona enquanto prosseguem os combates”, afirmou a fonte, citada pela EFE.
Por seu lado, Osama Ali, porta-voz dos Serviços de Emergência e Ambulâncias líbio, indicou que os projeteis caíram sobre uma clínica médica situada na estrada que conduz a Salaheddin, o que obrigou os serviços a evacuar os pacientes e o pessoal médico.
Até agora, a informação não foi confirmada nem desmentida pelas forças de Haftar, que há um ano mantém um acesso assédio à capital líbia.
Os combatem sucedem-se diariamente nas localidades da periferia a sul de Tripoli e do antigo aeroporto internacional, local estratégico para a conquista da capital, e nas estradas que fazem a ligação para Misrata, Sirte e para o oásis de Jufrah, “quartel-general” das tropas de Haftar.
Os confrontos provocaram até agora mais de um milhar de mortos e cerca de 17 mil feridos, obrigando mais de 200.000 pessoas a abandonar as residências e a procurarem refúgio fora de Tripoli.
As tentativas de mediação, nomeadamente as da ONU, têm falhado até agora e o conflito tem sido impulsionado por interferências estrangeiras, nomeadamente dos Emirados Árabes Unidos, que apoiam Haftar, e a Turquia que ajuda o GAN.