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Auxílio dos privados à TAP também é opção que não se pode excluir

Foto EPA/MÁRIO CRUZ
Foto EPA/MÁRIO CRUZ

O presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, afirmou hoje o auxílio dos privados à empresa, face ao impacto da pandemia da covid-19, “é uma opção que tem também de estar em cima da mesa”.

Miguel Frasquilho falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) sobre a situação da TAP e planos para o futuro.

Em cima da mesa, disse, “está o auxílio do Estado português, também pode estar o auxílio do acionista Estado, mas atenção”, - reforçou - não se pode “excluir também o auxílio dos acionistas privados, porque a TAP tem dois acionistas de referência: o acionista Estado e o acionista Atlantic Gateway”, afirmou Miguel Frasquilho, em resposta ao PS.

“E é de perguntar aos acionistas, nesta altura, se têm efetivamente capacidade para auxiliar as empresas. Eu não estou só a falar da TAP, conceptualmente isto deve acontecer em qualquer setor de atividade, em qualquer empresa”, considerou o ‘chairman’.

Portanto, “essa é uma opção que tem também que estar em cima da mesa, saber se há capacidade e vontade de poder amparar, de poder auxiliar, no caso concreto a TAP”, prosseguiu.

No entanto, acrescentou, “em situações como esta percebe-se a importância que tem o Estado soberano e até a que tem de ter o Estado como acionista da empresa”, apontou o presidente do Conselho de Administração.

Isto, “porque a dimensão da calamidade é de tal ordem que duvido muito que acionistas privados, ou pelo menos muitos acionistas privados, possam ter capacidade de auxiliar, dentro da dimensão que estamos a falar, as respetivas empresas”, sublinhou.

“O auxílio do Estado será para salvar a empresa, não se trata de salvar qualquer acionista que seja”, afiançou o ‘chairman’ em resposta ao PS.

Antes, Miguel Frasquilho tinha afirmado que a transportadora aérea “já endereçou um pedido de auxílio ao Estado português”, tendo expectativa de que possa ser conhecida uma resposta “muito em breve”.

Miguel Frasquilho referiu ainda que o apoio às operadoras aéreas acontece “em todos os países europeus”, tal como nos Estados Unidos, “onde foi negociado um pacote de auxílio às empresas” e onde está em cima da mesa a tomada de participações na estrutura acionista em diversas empresas de aviação.

“Estou certo de que vamos encontrar a melhor solução para a TAP para garantir o futuro da companhia”, salientou o gestor, referindo também estarem “conscientes que esse auxílio” irá aparecer “com condicionalismo associado”, uma vez que “quem ajuda pode impor condições”, apontou.

A TAP é detida em 50% pelo Estado, através da Parpública, em 45% pelo consórcio privado Atlantic Gateway e em 5% pelos trabalhadores.

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