“O estacionamento do hospital sempre apresentou preços indecentes”, diz Paulino Ascenção
Paulino Ascensão, coordenador Regional do Bloco de Esquerda na Madeira, aborda a notícia publicada hoje na edição online do DIÁRIO sobre o parque do hospital que afinal já não vai oferecer estacionamento no mês de Abril aos profissionais de saúde e a outros funcionários do SESARAM.
“O estacionamento do hospital sempre apresentou preços indecentes, desde que foi concessionado a privados. Neste contexto de pandemia, que é tão exigente para os profissionais do SESARAM, não lhes garantir estacionamento gratuito é vergonhoso e inaceitável”, afirma o bloquista que considera as concessões “negócios ruinosos para o sector público e altamente lucrativos para os privados”.
Nesta matéria, diz que o estacionamento do hospital “não é excepção e configura uma extorsão às pessoas que o utilizam que não têm alternativa e encontram-se fragilizadas”.
Refere que numa altura em que alguns profissionais alugam garagens na vizinhança, “é tempo de o Governo Regional terminar esta concessão e entregar o parque de estacionamento ao SESARAM para gerir o espaço ao abrigo do interesse público, com salvaguarda dos postos de trabalho”.
Paulino Ascenção recorda que vivemos circunstâncias extraordinárias que exigem medidas extraordinárias e “não basta ao Governo Regional fazer ‘voz grossa’ com Lisboa, mas tem também de ser exigente no plano interno”.
Diz que os próximos tempos “vão ser muito duros para quem vive na Madeira, num horizonte temporal difícil de prever”, sendo este o momento para “rever as condições de privilégio de que beneficiam os concessionários de infraestruturas e de serviços públicos na Madeira”.
Diz ainda que “ninguém compreenderá que se continuem a garantir lucros escandalosos nas concessões rodoviárias, ausência de contrapartidas na concessão dos portos ou a continuação da exploração do centro de inspecções à revelia de decisões judiciais”, uma vez que os sacrifícios “têm de ser distribuídos por todos”.