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Bancos preparam-se para recessão grave nos EUA

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Os bancos norte-americanos JPMorgan Chase e Wells Fargo anunciaram hoje resultados relativos ao primeiro trimestre e disseram que esperam “uma grave recessão” da economia norte-americana devido à pandemia de covid-19.

O Wells Fargo viu os seus lucros descerem 89% para 653 milhões de dólares (595 milhões de euros), muito abaixo das previsões dos analistas, devido a uma deterioração da rentabilidade associada à pandemia de covid-19, que levou a uma paragem da economia norte-americana desde meados de Março.

O JPMorgan, que teve de encerrar temporariamente centenas de agências devido à pandemia, registou uma diminuição de 69% nos lucros, que passaram dos 9,2 mil milhões de dólares registados no primeiro trimestre de 2019 para 2,9 mil milhões agora (2,64 mil milhões de euros).

“Atendendo a que é provável que haja uma recessão bastante grave, é necessário constituir reservas para os créditos”, explicou Jamie Dimon, presidente executivo do JPMorgan, acrescentando que o primeiro trimestre do maior banco norte-americano foi marcado por “desafios sem precedentes que exigem concentração sobre o que um banco pode fazer” para permanecer sólido.

Em comunicado, o Wells Fargo também indicou que os seus resultados foram afectados pela acumulação de reservas para possíveis perdas de crédito.

As dificuldades dos dois bancos norte-americanos surgem como um prelúdio do que podem esperar os mercados financeiros no início de uma temporada de apresentação de resultados que vai até meio de maio.

As medidas de confinamento adoptadas nos Estados Unidos para conter a pandemia levaram milhares de estabelecimentos comerciais e empresas a cessarem a sua actividade, não se sabendo ainda se vão continuar quando a economia reabrir.

As grandes empresas, com necessidade de liquidez, procuraram ter acesso imediato a linhas de crédito que foram abertas pelos grandes bancos para evitar a falência.

Cerca de 16 milhões de norte-americanos inscreveram-se para receber subsídios de desemprego nas últimas três semanas.

Segundo a directora financeira do JPMorgan Chase, Jennifer Piepszak, o banco espera um aumento na taxa de desemprego para 20% no segundo trimestre, mas deverá depois registar uma descida no quarto trimestre.

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