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António Costa elogia aulas pela TV que complementam esforço dos professores

Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA
Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA

O primeiro-ministro agradeceu hoje o “esforço extraordinário” dos professores que estão a manter o ensino à distância, durante a pandemia de covid-19, elogiando também o projeto da RTP que vai levar as aulas aos alunos através da televisão.

“Houve uma capacidade extraordinária de reinventar a forma de a escola continuar, de o ensino continuar e de a aprendizagem continuar apesar de a escola estar fisicamente fechada, e os professores fizeram um pouco de tudo”, elogiou António Costa.

Durante a apresentação do espaço #EstudoEmCasa, que vai ocupar parte da programação da RTP Memória com aulas para os alunos do ensino básico durante o terceiro período, António Costa elogiou também o trabalho da estação de televisão pública, que montou “em tempo recorde” uma solução para tornar mais acessível o ensino em tempos de pandemia.

“Percebemos que há um conjunto de alunos que não têm acesso às plataformas digitais e, por isso, era preciso complementar esta oferta com uma nova oferta que pudesse chegar a todos e é por isso que criámos este programa, não para relembrar a velha Telescola (...), mas para criar uma escola de hoje, que chega com os conteúdos de hoje e com as tecnologias de hoje à casa de cada um”, sublinhou.

O primeiro-ministro acompanhou hoje o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, aos estúdios da RTP onde já estão a ser gravadas as aulas do 1.º ao 9.º ano que a partir de 20 de abril vão chegar a milhares de alunos através da televisão.

Durante a visita, os governantes assistiram à gravação de uma dessas aulas: uma aula ciências, sobre recursos naturais e o processo de fossilização, para os alunos dos 7.º e 8.º anos de escolaridade.

Tiago Brandão Rodrigues aproveitou a ocasião para agradecer também aos professores, “os verdadeiros artífices” do ensino à distância, que marcou as últimas duas semanas de aulas do segundo período, antes das férias da Páscoa, e vai também marcar o resto do ano letivo, em que as escolas se vão manter encerradas devido à pandemia da covid-19.

O ministro da Educação sublinhou igualmente a importância do espaço #EstudoEmCasa, que resulta de uma colaboração entre a tutela, a RTP e a Fundação Calouste Gulbenkian, para que os alunos que não têm acesso aos equipamentos tecnológicos para acompanhar as aulas ‘online’ não sejam excluídos do ensino durante este período.

Segundo o ministro, esta iniciativa é essencial para, “através da televisão, dessa caixinha mágica, poder educar e ensinar cada vez melhor os nossos alunos, complementando depois com o trabalho inexcedível” dos professores.

Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde 16 de março, depois de o Governo ter decidido suspender as atividades letivas presenciais como forma de conter a propagação do novo coronavírus.

Durante o terceiro período, que foi alargado até 26 de junho, os alunos do 1.º ao 10.º ano de escolaridade vão continuar a estudar a partir de casa, estando apenas previsto o eventualmente regresso às escolas dos alunos dos 11.º e 12.º anos, caso a situação epidemiológica no país o permita.

Portugal regista 599 mortos associados à covid-19 em 18.091 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Portugal está em estado de emergência desde 19 de março, que deverá ser renovado esta semana por um novo período de 15 dias.

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