Sara Cerdas pede à Comissão Europeia estratégia para auxiliar as RUP no pós-crise Covid-19
A eurodeputada socialista Sara Cerdas enviou, esta terça-feira (14 de Abril), uma carta à presidente à Comissão Europeia, na qual alertava para “a necessidade de se desenvolver uma estratégia específica e concertada para auxiliar as Regiões Ultraperiféricas a enfrentar a crise que se espera depois da pandemia Covid-19”.
“É mais do que visível que os impactos desta pandemia irão provocar uma crise económica à escala mundial, e é esperado que as Regiões Ultraperiféricas enfrentem graves consequências”, observa a eurodeputada, sublinhando que “é preciso garantir que a União Europeia não se esquece das Regiões Ultraperiféricas”.
Na mesma missiva, Sara Cerdas destaca o facto de as Regiões Ultraperiféricas terem “importantes características socioeconómicas (desemprego jovem, pobreza) que deverão ser alvo de uma atenção imediata durante este início de pandemia, para minimizar as iniquidades existentes nestas regiões e que poderão ser aumentadas e agravadas”.
A socialista acrescenta que “é preciso uma especial atenção aos diferentes sectores, nomeadamente na pesca e agricultura com o armazenamento e escoamento dos produtos e protecção das empresas e trabalhadores; uma atenção ao turismo que representa um quarto da nossa economia regional, igualmente com a protecção dos trabalhadores e empresas e garantindo a retoma da actividade com todas as medidas de segurança. É preciso salvaguardar postos de trabalho e minimizar os impactos económicos nas famílias”.
Neste sentido, a eurodeputada madeirense solicitou à Comissão Europeia a criação de “medidas de discriminação positivas a serem aplicadas nas Regiões Ultraperiféricas da União Europeia, e de mecanismos de incentivo para a recuperação económica destas regiões” na sequência da pandemia.
“Neste momento é preciso demonstrar às pessoas que o projecto europeu funciona e que as pessoas podem acreditar no mesmo. É por isso imperativo salvaguardar postos de trabalho e minimizar os impactos económicos nas famílias”, conclui Sara Cerdas.