“Temos 14.000 testes em reserva para quê?”, questiona Iglésias
“Temos 14.000 testes em reserva para quê?”. São com estas palavras que o líder parlamentar do Partido Socialista sai a terreiro para criticar a passividade das autoridades de saúde na Região em querer poupar nos testes, curiosamente os comentários surgiram logo após ter sido anunciado, na habitual conferência de imprensa de balanço ao novo coronavírus, que a Madeira regista mais dois casos de infectados por covid-19 do que ontem, subindo para 53 o número total de pessoas com infecção por coronavírus.
José Miguel Iglésias aproveita o momento para fazer alguns reparos à actuação do IASAÚDE. “Julgo que estaria na altura do IASAÚDE esclarecer se todas as pessoas em vigilância activa ou que estiveram em quarentena, a partir de 18 de Março, quando foi decretado o Estado de Emergência, se foram testadas ou não”, observa o vice-presidente do PS-M.
Iglésias considera que este impasse “não contribui nada para a nossa segurança colectiva” que julga ficam sem saber se os cidadãos que voltaram para a Madeira “não foram testados, mas volvido um mês são agora anunciados como infectados depois de terem manifestado sintomas”.
“Com que segurança podemos dizer que não houve transmissão local, se não se sabia quem estava ou não infectado”, questiona o político que, num segundo reparo, acrescenta: “Não quero acreditar que se diga que quem está assintomático não possa transmitir o vírus... se estas são as ‘guidelines’ [linhas orientadoras] regionais algo está muito errado”, remata o assunto.
Recorde-se que destes novos casos, um é relativo a um cidadão natural de Santa Cruz, sendo um emigrante que regressou à Madeira vindo do Reino Unido a 19 de Março. O segundo caso é de um cidadão residente em Câmara de Lobos e que voltou a 31 de Março vindo de Moçambique.