Cruzeiro ao largo dos Açores com três mortos e centenas de infectados
Governo açoriano recusou acostagem do Marella Explorer II, pedido indeferido também pelo Governo da República e com um aviso: proibição de navegar em águas territoriais portuguesas
A notícia foi avançada pela TVI, no Jornal da Uma, e dá conta que o navio de cruzeiro Marella Explorer II está neste momento fundeado ao largo dos Açores já com três tripulantes mortos - entre eles um oficial grego - e cerca de 150 infectados por covid-19.
Depois de ter zarpado de Barbados, nas Caraíbas, a tripulação aguarda agora indicações após ter sido negada a autorização pelo executivo açoriano para que pudesse atracar no arquipélago. Aliás, segundo podemos observar no Marine Traffic, o Marella Explorer II ainda se aproximou da costa da ilha Graciosa, mas logo se afastou.
A TVI explicou ainda que a operadora indagou posteriormente o Governo português sobre a possibilidade de rumar a Lisboa, pedido esse que também foi negado, isto para além de ter sido indicada a proibição de navegar em águas portuguesas. Segundo a estação de Queluz de Baixo, já terão morrido três pessoas e há mais 150 que podem estar infectadas pelo novo coronavírus. A bordo do navio estão mais de 700 tripulantes que neste momento aguardam por autorização para atracar no Reino Unido.
Esta história ganha ainda outros contornos quando a 1 de Abril o New York Times noticiou o facto de 46 passageiros britânicos terem desembarcado do Marella Explorer II, nas Caraíbas, já com sintomas de covid-19, para que pudessem voar para casa. E em troca a operadora custeou a viagem a 141 mexicanos retidos em Inglaterra por complicações de viagens em voos de regresso a casa, informou o governo mexicano, cita o New York Times.
“Muitos dos passageiros do navio aparentemente desembarcaram e retornaram aos seus países de origem na semana passada. Não ficou claro quantos ainda estavam a bordo”, escreve ainda o matutino nova-iorquino.