Cuidadores que morreram são “soldados que deram a vida por amor”
O Papa Francisco lembrou hoje “os médicos, enfermeiros, freiras e padres”, que morreram “como soldados que deram a vida por amor” no combate à pandemia da doença covid-19.
No dia em que os católicos cumprem a Sexta-Feira Santa, o Papa Francisco transmitiu uma mensagem pela televisão italiana Rai1, prestando homenagem aos homens e mulheres que se juntaram “aos crucificados da História”.
“Sinto-me próximo do povo de Deus, sobretudo daqueles que mais sofrem, das vítimas desta pandemia, da dor do mundo”, afirmou Jorge Bergoglio.
Hoje à noite, o Papa celebrará a Via Sacra na Praça de São Pedro, em Roma, numa cerimónia bastante mais contida e sem fiéis, por causa das medidas restritivas impostas para conter a covid-19.
Na cerimónia, o Papa Francisco estará acompanhado de um grupo de cinco reclusos, de uma prisão de Pádua, e de cinco médicos e enfermeiros do Vaticano.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 96 mil mortos e infetou quase 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de casos, com 466.299 infetados e 16.686 mortos.
A Europa é o continente com mais casos contabilizados (826.382) e com maior número de vítimas mortais (66.642).
A Itália é o país com maior número de mortes (18.849), seguida dos Estados Unidos (16.686), da Espanha (15.843), da França (12.210) e do Reino Unido (8.958).
Em África, há registo de 630 mortos num universo de mais de 12.219 casos em 52 países.