Eu estou confinado!
Como eu a minha família desespera em nome do bem comum.
Ao mesmo tempo estão confinados os meus pais que sempre trabalharam de sol a sol para subsistir e pagar as suas contribuições ao estado; E como eles as vossas famílias!
Estão confinados os empresários, garante do pão na boca de muitos, de olhos incrédulos num amanhã que ninguém sabe quando ( ou se ) voltará a existir...
A bem ver estamos todos confinados!
Aguarda-se que o senhor Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, etíope de origem, se decida se a população deve ou não usar máscaras para se proteger e não contaminar terceiros ( por não haver máscaras ), para que a nossa diretora geral da saúde dê mais um espetáculo de ventríloquismo inconsequente a repetir o etíope. Talvez sejam tão rápidos como a decidir se uma epidemia a afetar mais de um continente se deveria apelidar de pandemia, apesar de qualquer criança do ensino básico já saber de antemão tão básica definição de senso comum.
Mas esses ate perdoo. Afinal o senhor Tedros é acima de tudo político, e apesar de ser do tempo em que com uma lata de feijão se abria uma cadeia de supermercados na Etiópia, estudou na universidade de Nottingham!
Pior os nossos! Enquanto por cá os bons se confinam e se arriscam a pena de prisão por crime de desobediência, os nossos políticos gastam tempo no hemiciclo a estudar como hão de fazer para libertar os que estão presos.
Estranho país este em que os que já estão confinados vão ser convidados a apanhar ar fresco e a regressar ao crime, ao mesmo tempo que os idosos dos lares têm de ficar confinados para não contaminar o mesmo ar!
A ministra da justiça retorque com o direito à dignidade humana dos presos, por oposição à falta da mesma para os idosos...
Estranho jogo de xadrez em que os corretos são condicionados à prisão domiciliária se adoecerem, para não saturar os hospitais, e os presos confinados, que até têm hospital prisão próprio, vao ser convidados a abandonar o confinamento!
Enfim, talvez seja problema meu não compreender este jogo de xadrez político, sem rei nem Roque.
Será melhor aguardarmos a opinião da Diretora geral da saúde sobre a matéria, a qual aguarda certamente o discurso do senhor Tedros, o qual aguarda as indicações do senhor secretário geral da ONU, o qual aguarda luz verde do FMI para falar sem dizer disparates.
Enquanto isto aguardemos na santa Páscoa confinados, de braços abertos e portas trancadas, para receber os criminosos.