O poder criativo do Presidente do Governo Regional
Um recurso de que nos valemos é começar falando do passado, supostamente mais conhecido. Começo então por aí. Cabe ressaltar, primeiramente, o que aconteceu em 20 de fevereiro de 2010, em que o então presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Dr. Miguel Albuquerque, teve um papel preponderante na recuperação, após a grande tragédia que assolou a ilha da Madeira, atingindo especialmente o concelho do Funchal.
Após um período inicial, quando não era ainda claro os efeitos e consequências do 20 de fevereiro, o Dr. Miguel Albuquerque, como edil da CMF, em razão das suas atribuições, demonstrou que o poder residia no conhecimento, na criatividade, na capacidade de inventar. Foi o primeiro poder. O dinheiro na altura foi tão só, uma das muitas possíveis sequelas, e determinante para a concretização de muitas e mais ideias.
A reconstrução da cidade do Funchal, foi o resultado dessa audácia, dessa coragem do presidente da CMF de conjugar o pensar grande com o grande pensar, não se guiou por interesses ignóbeis e, veio contagiar e ajudar profundamente os funchalenses.
A história tende a repetir-se de tempos em tempos. Nada mais atual ao que estamos a assistir neste momento na Madeira, em Portugal, na Europa, e no Mundo, com o aparecimento da “maldita” epidemia da doença – COVID 19, qualificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como emergência de saúde pública.
E no difícil equilíbrio entre o que deve ser feito e o que efetivamente faz, mas agora como Presidente do Governo Regional, o Dr. Miguel Albuquerque, face ao COVID 19, apresentou de forma meritória e célere, em 12 de Março, um conjunto de medidas, recomendações, contingência e respostas para apoiar os madeirenses e empresas desta RAM, aliada a um conjunto de prioridades, cancelando todo o tipo de atividades desportivas e eventos sociais, e um controlo apertado no aeroporto e no porto do Funchal.
Também por isso se percebe porque é que foi apresentado a 03 de fevereiro de 2020, na sequência de um trabalho multissectorial, um Plano de Continência para Infeções Emergentes - COVID 19, concretizando um plano regional de preparação e resposta a esta ameaça.
Uma decisão que não surpreendeu ninguém nem mesmo os analistas, e os meios de comunicação social podem reforçar isso, porque o nosso PRESIDENTE teve uma posição idêntica que assumiu há exatamente a 10 anos atrás, aquando do 20 de fevereiro e dos incêndios em 2012.
Uma coisa é certa: estas medidas impostas pelo PRESIDENTE, tantas vezes equacionada em Portugal e infelizmente por alguns energúmenos desta terra, passa agora a ter um resultado e será muito mais difícil a negá-lo só com palavras, porque a Madeira tem a taxa mais baixa do país e não tem até a presente data (29 de março), nenhuma morte a registar em consequência do COVID 19, porque o objetivo é SALVAR VIDAS.
Como se viu pela intervenção rápida e oportuna do PRESIDENTE. Muitos silêncios. Os “visados” parecem ter sido apanhados desprevenidos pelo vírus. E, na ausência de uma resposta em tempo útil, optam, pelo menos por agora, por deixar cair o assunto.
Senhor PRESIDENTE, é de saudar e de enaltecer a sua bravura para enfrentar grandes interesses económicos e financeiros. A maior parte das figuras em posições de responsabilidade ou fora delas prefere “não fazer ondas” a menos que a situação seja por demais evidente. Mas não é só por comodismo (que existe também muitas vezes). Muitas vezes é porque existe dúvida, ou porque é perigoso, ou porque se tem medo de perder a face ou o “tacho”, se estiver errado, ou porque se tem receio das represálias, ou simplesmente porque se tem receio das consequências para a sua carreira futura.
O Senhor PRESIDENTE, mostrou que não é isso que o move e essa é uma qualidade que todos os Madeirenses devem apreciar e de lhe prestar pública homenagem, que, eu ouso dizer, é, seguramente, um dos melhores de todos nós. Obrigado.