Bétis acorda redução salarial com futebolistas
A equipa principal de futebol do Betis, na qual alinha o médio português William Carvalho, aceitou reduzir os salários, para minimizar os efeitos económicos da pandemia de covid-19, anunciou hoje o clube de Sevilha.
“O conselho de administração do Real Betis chegou a um acordo satisfatório com os seus futebolistas para que estes reduzam o seu salário em 15% no caso de a competição ser suspensa definitivamente e em percentagens menores no caso de se poder finalizar a liga espanhola, com diferentes cenários, se à porta aberta ou fechada”, lê-se num comunicado.
Na mesma nota, o clube diz que esta redução salarial também inclui a equipa técnica e os executivos da direção, com esta medida a permitir que não seja posta em causa a viabilidade económica dos andaluzes.
“A solidariedade dos futebolistas, técnicos e executivos do clube evita que a entidade tenha de solicitar um ERTE, que afetaria os 430 trabalhadores do Real Betis e as suas famílias”, lê-se.
Na legislação espanhola, um ERTE é um procedimento pelo qual uma empresa procura obter autorização para despedir trabalhadores, suspender contratos de trabalho ou reduzir temporariamente o horário de trabalho, quando está a passar por dificuldades financeiras graves.
Além da redução dos salários, o clube e os jogadores vão ainda fazer “uma significativa doação para a luta contra o coronavírus, destinada, sobretudo, à compra de material de proteção para os profissionais de saúde que lutam diariamente contra a doença nos hospitais”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 865 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 187 mortes e 8.251 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).