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Coronavírus Madeira

Rafaela Fernandes critica Marcelo por visitar doentes com coronavírus e apela à colaboração da sociedade

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Na qualidade de advogada, Rafaela Fernandes assina, hoje, um texto de opinião na edição impressa do DIÁRIO, em que apela à colaboração de toda a sociedade, para que se evite na Madeira e no País o que está a acontecer em Itália. Para isso, é necessário que todos ajam a pensar, em primeiro, no bem comum e, só depois, em si. “A Região Autónoma da Madeira tem todas as condições para ultrapassar esta situação sem a medida drástica, extrema e que ninguém quer, de fechar as portas de entrada, desde que cada cidadão colabore de forma responsável. Façam favor...”

A advogada critica o facto de o Presidente da República ter visitado doentes com coronavírus num hospital, mas elogia a decisão de se manter em quarentena. “Não Senhor Presidente Marcelo. Visitar doentes infectados com COVID-19 nos hospitais não é adequado. Suspender a sua vasta agenda pública (certamente com eventos não essenciais) e trabalhar a partir da sua casa, nas próximas duas semanas é uma decisão sensata.”

“Visitar doentes nos Hospitais deve ser (sempre) criteriosamente avaliado pelos próprios visitantes, para protecção dos doentes e dos profissionais de saúde e de todos os trabalhadores que num hospital são necessários.”

Deixa também um apelo. Mesmo com os planos de contingência, que só funcionam com a adesão da comunidade, “se por cautelas de prevenção os estabelecimentos de saúde suspenderem ou restringirem as visitas aos doentes internados, sejamos compreensivos em prol da protecção dos próprios doentes.”

Rafaela Fernandes lembra que se os madeirenses querem que o novo coronavírus não tenha grandes repercussões na Região, isso só é conseguido com a colaboração de “todos”, “sem dramas, para não nos cair em cima 100 dramas”.

São também criticados os que mantêm as viagens de finalistas, sem ter em devida conta o risco que correm e em que colocam os seus familiares e, em última análise, a comunidade. Rafaela Fernandes entende mesmo que o Governo da República está a falhar a esse nível. “Está na hora do Governo Central determinar a suspensão destas viagens (não essenciais) e determinar medidas para a recuperação do dinheiro ou pelo menos permitir o adiamento sem quaisquer despesas acrescidas.”

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