Antes e depois das eleições
Antes das eleições os actuais governantes prometeram a valorização dos salários, em particular para a administração pública. Depois das eleições os governantes estão a aplicar aumentos, no mínimo, miseráveis. Aumentos previstos para uns com cerca de 3 euros/mês, para outros 10 euros/mês, servem a quem?
Antes das eleições os actuais governantes muito prometeram. Para sacar o voto aos trabalhadores menos avisados, antes das eleições, aqueles candidatos multiplicaram-se em declarações sobre possíveis aumentos, sobre a atribuição de subsídios, de complementos e de suplementos remuneratórios... Depois das eleições passaram a falar de limitações orçamentais, de condicionamentos financeiros, de crises conjunturais ou de constrangimentos estruturais, e até de dificuldades nos processos legislativos... tudo para o lavar das mãos, para que os agora governantes tenham um álibi para a mentira.
Um dos casos mais elucidativos da fraude política na caça ao voto do trabalhador mais inocente foi o que aconteceu nas vésperas das últimas Eleições Regionais de 22 de setembro de 2019. Quatro dias antes do dia das eleições os então candidatos, simultaneamente no Governo Regional, anunciaram, no final do Conselho de Governo, a atribuição de mais 40 euros por mês para todos os assistentes operacionais do SESARAM. Era a promessa de um suplemento remuneratório a ser atribuído a partir do dia 1 de outubro de 2019 e a ser pago mensalmente, naquele montante fixo, 12 vezes por ano.
Foi antes das eleições. Depois das eleições, zero! Depois de se apanharem com os votos dos mais incautos, ainda se riem dos trabalhadores.
Raça maldita!