Presidente da CMF não está motivado para ajudar agricultores
Humberto Vasconcelos acusa Miguel Silva Gouveia de baralhar e confundir factos
O secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural acusa o presidente da Câmara do Funchal de não estar interessado em ajudar os investidores agrícolas no Município do Funchal.
“Ficou claro que o presidente da Câmara Municipal do Funchal não está motivado para ajudar o sector agrícola baixando as taxas”, conclui Humberto Vasconcelos a propósito da propósito da reacção da autarquia sobre as taxas municipais relativas a operações urbanísticas, nomeadamente estufas, que o secretário com a tutela da Agricultura reclamou serem excessivamente caras.
Esta tarde à margem da Mostra Regional da Anona, no Faial, Humberto Vasconcelos confessou ter ficado “admirado com a reacção da forma e pelo conteúdo. O senhor presidente da Câmara não percebeu o alcance das minhas palavras nem o que eu disse. Eu disse que era importante adaptar os regulamentos à realidade do rendimento agrícola tendo taxas muito mais baixas porque o rendimento agrícola é muito inferior que outro tipo de rendimento. No caso das estufas, neste momento tem taxas muito elevadas. O senhor presidente baralhou, fez uma confusão vindo dizer que eu incentivei ao não pagamento de taxas, quando não disse nada disso”, assegura.
Na opinião do membro do Governo “isto demonstra bem que o senhor presidente da Câmara não está habituado a uma pressão, nem aos conteúdos nem ao conhecimento profundo sobre o regulamento de taxas da Câmara Municipal e sobre o que prejudica esse custo para os agricultores, independentemente do tempo que as taxas têm, porque para mim não conta dizer que as taxas já vêm do passado. O que importa aqui é que neste momento, face ao desenvolvimento agrícola e face à importância do sector primário para o Município do Funchal, é fundamental rever as taxas, porque as taxas que estão a ser praticadas para as estufas são muito elevadas”, insiste.