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Outra “virose”

Cada mudança de calendário tem sido uma benção da Providência; mês após mês as paisagens do calendário da cozinha não deixam de me lembrar que o m’eu tempo é apenas um empréstimo...

Actualmente, a Humanidade estremece com o aparecimento de um vírus, por aí à solta,profundamente letal,mas deposita grandes esperanças nos dias que se aproximam. A multiplicação das doenças e de exames médicos transformou-nos em seres egoístas preocupados com a extensão da longevidade. Porém, quando damos, ilusóriamente, tudo por adquirido é quando nos falta quase tudo...

Chegamos a este mundo com prazo de validade, e tanto ricos como pobres temos à partida o mesmo selo de garantia, embora haja umas diferenças “na assistência em viagem”. Entre nós ainda há muitas (demasiadas) situações de grave desconforto entre os mais pobres, que na R.A.M são aproximadamente oitenta mil,sistematicamente ignorados por alguns ricos “tão pobres”. Não colhe bradar pela sua dignidade quando paralelamente se os trata como escolhos. Este tipo de tratamento /actuação é a prova indelével de uma má acção governativa. De outra forma, depois de muitos milhões investidos na erradicação da pobreza, os resultados seriam menos dramáticos.

Nada protege mais os pobres,a gente comum, do que o trabalho justamente remunerado. Não basta dar o peixe. É preciso ensinar a pescar.

Tanto pensamos que tudo está feito,que tudo está por fazer.Em muitos campos de actuação. Até no que ao Covid-19 diz respeito.Sobretudo. Aqui, onde nos encontramos. Agora.

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