Venezuela condena decisão de ser declarada uma ameaça para a segurança dos EUA
O Governo venezuelano condenou hoje a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de renovar o decreto que declara a Venezuela como uma ameaça para a segurança dos EUA.
“O Governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita, mais uma vez, a acusação infame, opressiva e irracional do presidente dos EUA contra a Venezuela, de ser uma ameaça (...) extraordinária para o seu país, para assim justificar toda a série de ataques e crimes que lesam a humanidade, como as medidas coercivas unilaterais que Washington aplica desde 2015”, explica um comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE) venezuelano.
Segundo o MRE, “com um golpe, o governo supremacista da Casa Branca reitera a sua intenção de promover a violência na Venezuela, não reconhecer as suas instituições democráticas e a vontade do seu povo, de sujeitar todo o povo venezuelano a qualquer castigo coletivo até conseguir uma mudança de governo favorável aos seus interesses”.
“É irónico que os Estados Unidos acusem a Venezuela de apresentar uma ameaça no mesmo dia em que os tribunais internacionais anunciam que vão analisar casos de tortura e violações dos Direitos Humanos executados ilegalmente pelas autoridades dos norte-americanas no Afeganistão, o que apenas demonstra o desprezo das autoridades daquele país (EUA) pelo Direito Internacional e pela soberania nacional”.
O comunicado conclui que ao completar-se sete anos da morte do líder socialista Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) e “inspirado pelo seu legado” os venezuelanos reiteram a firme decisão de continuar transitando pelos caminhos da democracia participativa e protagonista.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, pediu quinta-feira ao Congresso norte-americano que renove a Ordem Executiva 136.926, de março de 2015 e assinada pelo seu antecessor Barack Obama, que declara uma “emergência nacional” pela ameaça “inusual e extraordinária” da Venezuela para a segurança e a política externa norte-americana causada.
Numa missiva enviada ao Congresso, Donald Trump pede que a declaração vigore até que “a Venezuela obtenha a liberdade”.
“A situação na Venezuela continua a representar uma ameaça inusual e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos EUA”, explica uma cópia da a missiva, divulgada na Internet.