Peru regista primeiro caso de infecção no país
O Presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou hoje o primeiro caso do novo coronavírus no país, garantindo que o Estado não poupará recursos para combater a epidemia que se está a espalhar pelo mundo.
O primeiro caso de infecção é um homem de 25 anos, cujo estado de saúde está estável, e que recentemente viajou para a Espanha, a França e a República Checa.
“Tenho de informar que, nas primeiras horas da manhã de hoje, foi confirmado o primeiro caso de infecção por Covid-19 no nosso país, num paciente de 25 anos de idade, com histórico de estar na Espanha, França e República Checa”, afirmou o Presidente.
O chefe de Estado acrescentou que “o Ministério da Saúde está a tomar todas as medidas, do ponto de vista médico, para que o doente, que se encontra estável, conta com uma atenção integral”.
Vizcarra acrescentou que queria “aproveitar a oportunidade para enviar uma mensagem de tranquilidade aos peruanos”.
“O nosso Governo tomou as medidas necessárias para enfrentar uma situação deste tipo”, disse o Presidente, no Palácio do Governo em comunicado à imprensa, acompanhado pela ministra da Saúde, Elizabeth Hinostroza.
Segundo adiantou, a partir do momento em que o aparecimento do novo coronavírus na China foi conhecido, o Peru “tomou um conjunto de acções imediatas para prevenir, detectar e tratar possíveis casos no nosso país”.
“Adoptámos o plano nacional de resposta face ao risco do coronavírus” no país, disse Vizcarra, explicando que a estratégia inclui o Ministério da Saúde, a Segurança Social e as unidades de Saúde das Forças Armadas e da Polícia Nacional, além de clínicas privadas”.
O Ministério da Saúde desenvolveu salas especiais para uma eventual quarentena em vários hospitais de Lima e do interior do país e iniciou uma campanha para chamar a atenção do público nos centros migratórios e em terminais de transportes, como o Aeroporto Internacional Jorge Chavez, em Lima.
“O risco de [o coronavírus] chegar ao Peru era latente”, uma vez que o vírus não só se espalhou pela Europa, mas também por países vizinhos, como o Equador, o Brasil, a Argentina e o Chile, concluiu.