Jornadas Pedagógicas juntam 140 na Gonçalves Zarco para debater desafios e possibilidades
‘Autonomia, flexibilidade e inclusão: desafios e possibilidades’ foi o tema que reuniu, esta sexta-feira, cerca de 140 docentes na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, no âmbito das VI Jornadas Pedagógicas organizadas por aquele estabelecimento de ensino.
Na oportunidade, o secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, destacou o papel da Escola na evolução das sociedades que, invariavelmente, tiveram de enfrentar os desafios que foram surgindo.
“A Escola sempre foi um espaço de desafios porque deixou de ser selectiva e tornou-se colectiva e massificada. Há 46 anos a Região tinha 50% da população analfabeta, porque só seguia o ensino quem tinha condições para tal. Em 2015, quando assumimos funções, a taxa de abandono dos jovens entre os 18 e os 24 anos que não concluíam a escolaridade obrigatória era de 23%; em 2019 foi de 13.7%. Diminuímos quase 10 pontos percentuais! Isso significou que estes alunos passaram mais tempo na escola porque encontrámos respostas para eles. É nesta conjuntura desafiante que temos de saber gerir contextos e encontrar soluções, de autonomia e de flexibilidade, porque temos de adaptar essas soluções às diferentes envolventes, e perceber, face à progressão dos alunos, face aos desafios que se colocam, em que ambiente é que os alunos vão actuar profissional e socialmente”, considerou o governante.
“E se não há certezas relativamente ao futuro mercado de trabalho, há que trabalhar sobre os cenários que já existem e preparar os jovens nesse sentido”, observou Jorge Carvalho, dando como exemplo a introdução, neste ano lectivo, dos manuais digitais e tablets no 5.º ano de escolaridade.
“Estes alunos têm novas metodologias e novas ferramentas de trabalho e estarão cerca de mais 15 anos no sistema de ensino antes de ingressarem no mercado de trabalho. Neste hiato de tempo quantas profissões se vão extinguir? Quantas surgirão? Cabe-nos procurar as melhores soluções para que os jovens possam adquirir as competências mais adequadas visando projectos de vida de sucesso. A Escola sempre soube responder aos desafios e é por isso que todos os cidadãos lhe confiam aquilo que de melhor têm”, concluiu o secretário regional.