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Madeira

PS defende novo ciclo para o Sistema Regional de Saúde

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O Grupo Parlamentar do Partido Socialista-Madeira defende um novo ciclo para o Sistema Regional de Saúde, com uma intervenção em três áreas principais, nomeadamente ao nível das instalações, dos cuidados e da resolução do problema das listas de espera.

Esta tarde, os socialistas promoveram um debate público sobre o futuro do Sistema Regional de Saúde, que contou com a participação de profissionais desta área, nomeadamente Nuno Neves, presidente do conselho directivo regional da Madeira da Ordem dos Enfermeiros, Renato Carvalho, presidente da delegação regional da Ordem dos Psicólogos, e Rui Almeida, médico de medicina geral e familiar.

Depois de acusar o PSD e o CDS de governarem “para os seus próprios partidos, e não no superior interesse das pessoas”, partidarizando áreas clínicas da Saúde, o deputado Paulo Cafôfo defendeu que há que olhar para o Sistema Regional de Saúde e ver o que é preciso fazer, de uma forma positiva e construtiva, para resolver os problemas.

Tal como afirmou, o Sistema Regional de Saúde, com mais de 40 anos, passou por uma fase de implantação, uma fase de desenvolvimento, uma fase de uma consolidação (tendo sido um modelo de referência) e, por fim, entrou numa fase de degradação. “Essa degradação envolveu uma gestão conflituosa, erros na própria gestão, desqualificação dos profissionais e o descalabro no que diz respeito aos cuidados de saúde”, referiu Paulo Cafôfo.

“Nós precisamos agora de olhar para o futuro, com uma estratégia e com uma visão. Precisamos de olhar para a Saúde num novo ciclo e esse novo ciclo deve ser encarado até numa perspectiva de enaltecer a Autonomia. A bandeira da Saúde tem de ser a bandeira da Autonomia, no sentido em que temos de dar provas de que somos capazes de, numa região como a nossa, ultraperiférica, ultrapassar os condicionalismos e termos os recursos físicos, humanos e técnicos para sermos um modelo de referência”, defendeu o deputado.

Criticando o Executivo por se preocupar com os lugares e não com as soluções, Cafôfo defendeu um novo ciclo. Considerou que é preciso urgentemente um novo hospital, mas que, até lá, há que fazer intervenções no actual ao nível do bloco operatório e do serviço de urgência. Por outro lado, há que desmantelar o Hospital dos Marmeleiros, passando a medicina para o Hospital Dr. Nélio Mendonça e resolvendo, de uma vez por todas, a questão das altas problemáticas.

A um segundo nível, Paulo Cafôfo entende que é necessário aliviar o estrangulamento das urgências, sendo que tal só é possível com uma cobertura máxima dos centros de saúde. Nesse sentido, é preciso contratar mais médicos e mais enfermeiros de família, para dar as respostas numa prevenção da doença e numa promoção da saúde. Além disso, há que estender a rede de cuidados continuados.

Por outro lado, o socialista aponta soluções para a resolução das listas de espera. Defende que se deve em primeiro lugar esgotar as capacidades do sistema regional (a ocupação do bloco operatório está longe de ser preenchida) e estabelecer tempos máximos de resposta. Não sendo cumprido o tempo clinicamente aceite, deve-se recorrer, dentro do próprio sistema regional de saúde, às horas extra e, se não for possível, recorrer ao privado, de uma forma complementar, “com uma regulamentação e uma fiscalização muito apertadas, porque não podemos estar a incentivar negócios no privado à custa do desinvestimento no sector público”.

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