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Linha SNS24 sem capacidade para atender um quarto das chamadas em dia de pico

Foto Shutterstock
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A Linha SNS24, composta por enfermeiros, que atingiu um máximo histórico na passada segunda-feira, dia em que foram confirmados os dois primeiros casos de Covid-19 no país – não conseguiu atender mais de um quarto das chamadas em tempo útil, uma vez que os utentes desistiram antes de serem atendidos.

Em 13.532 chamadas registadas na linha telefónica do SNS24 - Serviço Nacional de Saúde, que funciona 24 horas por dia, 3569 não foram atendidas por incapacidade dos operacionais de serviço, que são enfermeiros.

A notícia é avançada pelo jornal “Público”.

Também a LAM - Linha de Apoio ao Médico, que foi criada há semanas para orientar os médicos de todo o país para validação de eventuais casos suspeitos, está a apresentar problemas na rapidez e capacidade de atendimento, denuncia o Sindicato Independente dos Médicos.

Segundo o Público, há médicos que aguardam várias horas para serem atendidos, sem sucesso, e outros que insistem dezenas de vezes, sem resposta. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz estar a coleccionar e-mails de profissionais de saúde “desesperados com o silêncio que encontram do outro lado da Linha de Apoio ao Médico”.

A linha “funciona tão bem que desde ontem (24 horas) aguardo o contacto para a orientação de dois casos suspeitos e já liguei hoje. Enfim, tudo controlado”, queixava-se esta semana um responsável de uma Unidade de Saúde Familiar do Porto citado pelo Público.

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que gere a SNS24 (808 24 24 24), garante que, em média, esta atende mais de 90% das chamadas em menos de 20 segundos, mas admite que há alturas do dia em que, devido aos picos de afluência, o tempo de espera possa ser superior. E adianta apenas que na segunda-feira houve uma “maior procura”, sem mais detalhes.

No total, Portugal tem oito casos confirmados de Covid-19, sete homens e uma mulher, que estão internados em hospitais do Porto, Coimbra e Lisboa.

Segundo o último boletim informativo da Direcção-geral da Saúde (DGS) há ainda 117 casos suspeitos e 81 contactos estão sob vigilância pelas autoridades de saúde.

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