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Bruxelas pede a Facebook e Twitter para combaterem ‘fake news’ sobre coronavírus

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A Comissão Europeia admitiu hoje estar “preocupada” com a crescente desinformação relacionada com o novo coronavírus, nomeadamente pelos danos que pode causar, razão pela qual pediu a Facebook, Twitter e outras plataformas para agirem.

Alegações falsas de que beber água da sanita cura o Covid-19 ou o aproveitamento do surto para vender a preços elevados um alegado sabão que mata os germes do novo coronavírus são dois tipos de notícias falsas que têm estado a circular relativamente a esta epidemia e que preocupam Bruxelas.

“Estamos cientes de um número crescente de informações falsas sobre o surto de Covid-19” e “estamos preocupados que algumas dessas informações falsas possam causar danos ao público”, informa fonte oficial da Comissão Europeia numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa.

Por essa razão, “estamos em contacto com as plataformas ‘online’”, destacou este porta-voz, precisando que a vice-presidente do executivo comunitário com a pasta dos Valores e Transparência, Vera Jourová, se reuniu na terça-feira com representantes de plataformas ‘online’, incluindo Google, Facebook, Twitter e Microsoft.

O encontro, realizado em Bruxelas com estas plataformas que assinaram um código de conduta para combate às ‘fake news’ na União Europeia (UE), visou “discutir a disseminação da desinformação em torno do surto do vírus Covid-19”, referiu a fonte oficial.

Garantindo que o executivo comunitário vai continuar a acompanhar a situação, a fonte deu conta de uma nova reunião da Comissão com as plataformas daqui a um mês.

“É importante que todos os atores se esforcem para garantir a divulgação de informações confiáveis sobre o surto de Covid-19, tanto ‘online’ quanto ‘offline’”, sublinhou o porta-voz da Comissão Europeia.

De acordo com esta fonte, caberá agora às plataformas promover fontes autorizadas, como a Organização Mundial de Saúde, e suprimir conteúdos que sejam comprovadamente falsos ou enganosos.

Estas tecnológicas deverão, ainda, remover conteúdo ilegal ou que possa causar danos físicos, como alegar que beber água da sanita cura o vírus, adiantou o responsável à Lusa.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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