Bombeiros voluntários queixam-se que seguro não inclui doenças infetocontagiosas
A Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV) manifestou-se preocupada por o seguro dos operacionais que estão a responder à pandemia do novo coronavírus “não incluir a contaminação por doenças infetocontagiosas”.
Assim, a direção da APBV anunciou em comunicado que enviou “um ofício à tutela, nomeadamente à secretária de Estado da Administração Interna, com conhecimento à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), onde descreve a sua grande preocupação relativamente salvaguarda da saúde e das vidas dos operacionais dos bombeiros voluntários”.
A direção da APBV pede ao Ministério da Administração Interna (MAI) que reveja de imediato os contornos relativos aos seguros dos bombeiros voluntários, pois neste momento e como a APBV vem alertando, o seguro dos operacionais que estão a responder à pandemia “não inclui a contaminação por doenças infetocontagiosas”.
A associação queixa-se que, “desta forma, qualquer operacional que seja contaminado pelo vírus no decorrer da sua missão é tratado como um cidadão qualquer, ou seja, não beneficia de qualquer apoio nem na doença nem indemnizatório em caso de morte”.
“Neste momento, os bombeiros voluntários de Portugal são ‘carne para canhão’ como se diz na gíria, no entanto continuam a ser eles a dizer ‘presente’ numa situação de saúde pública gravíssima, sendo que muitos deles o fazem de uma forma voluntária, um pouco por todo o país”, argumenta a associação.