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DGS quer crianças a comer mais legumes e fruta e a evitar ‘snacks’

Foto EPA/KIM LUDBROOK
Foto EPA/KIM LUDBROOK

A Direção-Geral da Saúde (DGS) sugere um reforço dos legumes e fruta na alimentação das crianças e pede aos pais que evitem ter em casa ‘snacks’ hipercalóricos, para prevenir o aumento de peso durante o isolamento social.

Num manual divulgado no ‘site’ da DGS, com os cuidados a ter para uma alimentação saudável e sugestões de atividades para crianças em tempos de covid-19, a DGS recorda que a necessidade de uma permanência mais prolongada em casa para travar a propagação do novo coronavírus leva a uma menor atividade física e a alterações nos padrões de compra de alimentos que podem colocar algumas crianças em risco.

“O consumo de alimentos hipercalóricos e de menor densidade nutricional associado ao sedentarismo podem promover o ganho de peso e o aparecimento de doença associadas no futuro”, alerta a DGS.

Num país onde 29,6% das crianças entre os 6 e os 9 anos de idade têm excesso de peso, a diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável aconselha: “Consumir sopas ao início das duas refeições principais, incluir fruta como sobremesa também das duas refeições principais, e mais uma nas refeições intercalares ao longo do dia, é o suficiente para atingir a recomendação”.

Em declarações à agência Lusa, Maria João Gregório lembra que este manual - destinado a encarregados de educação, professores e a todos os que nesta altura de isolamento social têm as crianças em casa, - serve para “reforçar a importância de manter um estilo de vida saudável”

“Serve também para dar sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas com as crianças e que podem ajudar a manter estes hábitos alimentares saudáveis”, afirmou, dando como exemplo o planeamento da ementa semanal e a confeção das refeições em conjunto.

Maria João Gregório lembra ainda a importância de não ter ‘snacks’ calóricos e pouco saudáveis em casa, lembrando que, como as pessoas estão agora mais em casa, a ansiedade, o tempo livre, o frigorífico e a despensa por perto podem aumentar o consumo de alimentos.

A responsável recorda que este período também pode ser uma oportunidade: “Temos necessidade de mantar as crianças ocupadas, logo, porque não aproveitar e fazer atividades na área da alimentação, envolvendo-as no planeamento?”

“Ao mesmo tempo que as mantemos ocupadas passamos algumas mensagens importantes na área da alimentação saudável. Mais do que dizer o que se deve fazer, é importante por a mão na massa e ensinar a fazer”, acrescenta a especialista.

O manual da DGS aconselha as famílias a optarem pela confeção de refeições de panela, como os guisados e estufados, que mantêm os nutrientes dos alimentos, dar primazia à água e prestar uma atenção particular às crianças, que nesta fase passam mais tempo em meios digitais e podem, por isso, ser alvos mais fáceis de publicidade a produtos menos saudáveis.

Outra das sugestões para por, quando se fazem por exemplo compras ‘online’, ensinar a criança a descodificar os rótulos dos alimentos, ajudando-a a fazer opções mais saudáveis.

Alerta ainda que o leite e os derivados são alimentos importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, pois são fonte de vitaminas, cálcio e outros minerais, mas não devem ser consumidos em excesso, com a quantidade diária limite a rondar os 400-500ml.

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