Bélgica regista morte de menina de 12 anos, num total de 705
Uma menina de 12 anos morreu na segunda-feira devido à pandemia de covid-19, anunciaram hoje as autoridades de saúde da Bélgica, que classificaram o acontecimento como “muito raro e difícil”.
“É um caso muito raro, mas que nos afeta muito, é um momento emocionalmente muito difícil porque envolve uma criança”, disse o microbiologista Emmanuel André, na conferência de imprensa diária sobre a covid-19, em que o número de mortes aumentou para 705 na Bélgica (na véspera eram 513).
“Atravessamos esta epidemia de modo solidário e vamos ultrapassá-la”, salientou, numa altura em que a Bélgica regista 876 novos casos confirmados por testes de laboratório, num total de 12.760 desde os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus, no início de março.
As autoridades de saúde reportaram ainda mais 485 hospitalizações (4.920), com mais 94 pacientes nos cuidados intensivos (1.021) -- estando agora as camas destinadas a pacientes da covid-19 com uma ocupação média de 53% - mas há três províncias, incluindo a de Bruxelas, em que o número de casos se aproxima do limite da capacidade dos hospitais.
“Todos os dias há um número importante de doentes que entram nos cuidados intensivos e chegaremos ao ponto de saturação, mas estamos preparados para esse momento, sublinhou André.
As autoridades registaram 168 altas hospitalares no país, para um total de 1.696, salientando que estas pessoas podem gradualmente regressar às suas vidas, mantendo o confinamento obrigatório, dado que ficam imunes ao vírus.
As autoridades belgas indicam que as pessoas que tenham de sair do país apresentem às autoridades um documento que ateste a razão pela qual querem atravessar a fronteira.
A Bélgica adotou medidas de confinamento em meados de março e que, para já, vão vigorara até 19 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 413 mil infetados e mais de 26.500 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 11.591 mortos em 101.739 casos confirmados até segunda-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (164.610).