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Sem sabão não há sabichão

Felizmente que hoje pelo menos, os jornais com escritores de cartas, não abusaram a correr atrás de tanto especialista em virulogia. Ultimamente todos deram palpites sobre o “coroa espinhoso” que se pega, e não encheu a folha própria e dedicada a tais “especialistas” de tudo e nada, ao encontrar em cima da secretária da redacção outros assuntos a merecer destaque. É que há uns “artistas” que já perceberem que os jornais (alguns mais sérios não foram na cantiga) agora publicam-lhes as suas diarreiras epidemiológicas a infestar a “ciência” caseira. Esta atitude e escolha ou critério, estava e continua a transformar-se noutro vírus. Que entope o conhecimento e o esclarecimento maior que as pessoas vulgares, necessitam e lhes é útil. Que falem os sábios e técnicos, está bem, mas trucidar e ocupar espaço de jornal, só com banalidades de quem sabe tanto de pestes epidémicas e dos seus maléficos efeitos e dos espinhos proteicos que nos entram por tal via, é dispensável e recomendável, e a desinfecção do leitor sai mais cuidada. Caso contrário ainda viremos a morrer de intoxicação “intelectual”!

Joaquim A. Moura

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