Mais de 30.000 portugueses já se inscreveram na plataforma Trace da DGS
Mais de 30.000 pessoas já se inscreveram na plataforma Trace Covid-19, um sistema que permite aos profissionais de saúde acompanharem doentes com suspeita ou confirmação da doença, avançou hoje a diretora-geral da Saúde.
A plataforma entrou em vigor na passada quinta-feira e “mais de 30 mil pessoas já foram inscritas” e têm estado a ser testadas em diversos contextos, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária
Questionada sobre o relato de várias pessoas não conseguirem realizar testes, Graça Freias afirmou que tal como foi dito no início “nos primeiros dias” da plataforma “poderia verificar-se alguma turbulência e haver uma resposta não ótima”.
“No entanto, quero dizer que as pessoas que estão a aguardar teste vão continuar a aguardar com toda a tranquilidade porque o que decide o seu tratamento não é o teste”, explicou, sublinhando que mesmo que o façam “não podem sair de casa porque foram consideradas suspeitas”.
Segundo Graça Fretas, as pessoas vão ser contactadas remotamente por profissionais de saúde que vão acompanhar o seu estado de saúde.
“Se entre contactos médicos ou de enfermagem para saber o seu estado de saúde”, este se agravar as pessoas terão que “dar um sinal” e ligar para a linha Saúde 24 e se esse “agravamento for muito evidente procurar o 112”.
Portanto, reiterou, “o teste apenas nos ajuda a dizer quem é ou não é positivo, não decide a linhagem de tratamento. O que decide são os sintomas”.
Portanto, rematou, “o que pedimos a estas pessoas é que aguardem com tranquilidade o tempo e o momento de fazer o seu teste”.
A plataforma informática -- Trace COVID-19, desenvolvida pela DGS e pelos Serviço Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), permite apoiar os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, bem como a Saúde Pública, para realizarem registo detalhado de informação específica sobre os casos, respetivo rastreio de contactos, vigilância ativa e passiva e também acompanhamento clínico.
Portugal regista hoje 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.