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É tempo de compromisso, coragem e esperança!

Cabe-nos assumir o nosso papel e dar o melhor que temos e somos para vencermos esta pandemia

Primeiro a Madeira e os Madeirenses. Uma premissa que nunca antes fez tanto sentido. Uma singela expressão que atingiu o seu expoente máximo, nas últimas semanas, ao sermos confrontados com uma realidade até então impensável que nos obrigou a olhar e a sentir a nossa existência, de forma totalmente diferente.

Uma mudança substancial que nos fez repensar e alterar tudo aquilo a que estávamos habituados no nosso dia-a-dia, tanto individualmente como em coletivo, deixando evidente que, mesmo o mais básico, pode fugir-nos das mãos.

E, com isso, em nome do bem comum, veio a certeza de que nunca antes fomos tão responsáveis - pelo menos de forma tão direta - pelo nosso bem-estar e pelo bem-estar dos outros.

Ficar em casa foi, é e continua a ser palavra de ordem. A escolha entre a vida e a morte passa por aqui, pelo que fazemos individualmente e se reflete, sempre, no todo, para o bem e para o mal.

E é aqui que não posso deixar de enaltecer o compromisso de cada Madeirense e Porto-Santense. É aqui que, mais uma vez, o nosso povo tem sido exemplar, cumprindo com o que lhe tem sido pedido. Ao aceitar a inevitável condição de resguardar-se para também resguardar os outros de uma pandemia à escala global a que a nossa Região não foi nem nunca poderia ter ficado alheia.

É aqui que qualquer um de nós sente orgulho de pertencer a um povo que não cruza os braços nem desiste perante as dificuldades.

Um povo consciente, bondoso e solidário que é, simultaneamente, forte, guerreiro e capaz de qualquer coisa para defender o que é seu.

Um povo que, reconhecido pela sua hospitalidade e pela sua tradição de bem receber quem o visita, teve de assumir a difícil decisão de isolar-se daqueles que lhes são tão importantes para salvaguardar o seu interesse superior, a vida dos seus. Aqueles que esperamos voltar a acolher, de braços abertos, assim que estejam reunidas as condições necessárias para que todos possam estar em segurança.

Em mais esta luta, quiçá uma das mais difíceis – senão mesmo a mais difícil, injusta e desigual de que há memória – estamos juntos. Estivemos e continuaremos a estar juntos, porque é em conjunto que iremos ultrapassar mais este momento que, todavia, se torna bem mais fácil de gerir quando temos este sentimento de pertença e esta força coletiva.

E, claro, quando temos, também, gente com coragem para decidir. Para passar das palavras aos atos. Como tivemos, desde a primeira hora, contra tudo e todos, em nome da Madeira. De todos nós.

Uma coragem evidente no vasto conjunto de medidas que a Região fez aprovar - de forma transversal, a todas as áreas - para acautelar os meios e as respostas necessárias, tanto do ponto de vista da saúde quanto social. Para garantir, às nossas famílias, agora resguardadas nas suas casas, todos os apoios essenciais à promoção da estabilidade familiar, durante este período de grandes incertezas. Para minimizar os impactos negativos desta paragem abrupta na atividade económica regional e para assegurar que os postos de trabalho não sejam postos em causa e que a vida siga dentro da normalidade possível.

Medidas que foram muito mais longe das inicialmente seguidas, pelo Governo da República, para todo o País e, inclusive, reconhecidas pelos vários parceiros, quadrantes e setores.

E é também por isso que olhamos o futuro com esperança.

É tempo de estarmos unidos. De darmos o melhor que temos para o bem de todos.

Não é tempo de demagogias que nada acrescentam nem resolvem.

É tempo de recato, bom senso, carácter e consciência coletiva.

Aliás, é de lamentar o aproveitamento político que alguma oposição tem revelado, numa altura em que a Região e todos os Madeirenses e Porto-Santenses atravessam um dos momentos mais complexos da sua história em comunidade.

Um aproveitamento que apenas veio confirmar as prioridades e a incapacidade que alguns, infelizmente, revelam em olhar para o bem comum, em detrimento dos seus próprios egos, numa postura que chega a ser ofensiva para os que estão, neste momento, a lutar, com todas as suas forças, para que a Madeira ultrapasse esta crise, da melhor forma possível.

Sejamos capazes de reconhecer o esforço, o profissionalismo e a abnegação de todos os profissionais de saúde que estiveram e continuam na linha da frente deste combate e dos que, a vários níveis e de forma complementar, têm contribuído para a defesa da nossa saúde e para corresponder às necessidades essenciais da nossa população.

Saibamos, igualmente, louvar a responsabilidade cívica, a resiliência e o sentido de cidadania e de vivência em comunidade que os Madeirenses e Porto-Santenses têm demonstrado, apelando a que este esforço se mantenha e reforce, nos próximos tempos.

Cabe-nos assumir o nosso papel e dar o melhor que temos e somos para vencermos esta pandemia.

Tal como sempre e, mais uma vez, em nome do que é melhor para todos.

Porque a Madeira e os Madeirenses estarão, sempre, em primeiro lugar!

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