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Pelo menos três infectados com covid-19 no hospital prisional de Caxias e no EP Porto

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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revelou hoje que há uma auxiliar de ação médica do hospital prisional de Caxias infetada com covid-19, o que eleva para três o total de casos no sistema prisional.

Em comunicado, o SIM diz que enviou nos últimos dias dois alertas formais à ministra da Saúde relativamente à situação que se vive nas prisões, em particular no Hospital Prisional de São João de Deus (Caxias, concelho de Oeiras), onde diz que faltam equipamentos de proteção individual e desinfetantes.

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirma este caso e diz que esta auxiliar de ação médica está em casa, de quarentena.

“Os trabalhadores do hospital prisional estão a seguir os procedimentos recomendados pelas autoridades de saúde publica, sendo que, até ao presente momento, não há registo de mais nenhum caso positivo entre trabalhadores desta unidade de saúde”, acrescenta.

Também para o hospital prisional de Caxias foi levada a mulher detida na quinta-feira junto à fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), na posse de 5.080 doses de cocaína e que está infetada com covid-19.

Esta detida está, segundo a DGRSP, “em isolamento e tratamento”.

A juntar a estes dois casos, há um outro de um guarda do Estabelecimento Prisional do Porto, que segundo a DGSP já está em casa. A última vez que este guarda esteve escalado para o serviço foi no passado dia 23.

Sobre este caso, a DGRSP diz que, em conformidade com o plano de contingência existente nos serviços, o Estabelecimento Prisional do Porto entrou em contacto com o doente e com as autoridades de saúde pública, que estão já identificados os contactos próximos deste guarda prisional e que estes foram mandados para isolamento profilático.

Na nota hoje divulgada, o SIM diz que não obteve resposta nem do Ministério da Saúde nem do Ministério da Justiça aos alertas que fez e que deu igualmente conhecimento da situação do hospital prisional de Caxias ao diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

“Para combater a pandemia é fundamental proteger e testar nas prisões e não se cingir ao esvaziamento das prisões administrativamente como defendeu o senhor diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais”, acrescenta o SIM.

A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

Segundo os dados mais recentes da Direçãp-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista 119 óbitos associados à covid-19 e 5.962 pessoas infetadas.

Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.

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