Felipe de Espanha visita hospital de emergência em Madrid
O Rei de Espanha, com máscara e luvas como medida de prevenção, visitou ontem o hospital de emergência instalado no recinto de feiras Ifema, em Madrid, para conhecer a situação dos doentes com o novo coronavírus.
Durante mais de uma hora, e acompanhado dos ministros da Saúde, Salvador Illa, e da Defesa, Margarita Robles, Felipe VI percorreu parte das instalações de saúde, embora não tenha entrado na zona onde os infetados estão internados.
A visita, que não tinha sido anunciada, decorreu com as precauções definidas pelas autoridades de saúde, informaram fontes da Casa Real.
O Rei e os ministros, que mantiveram uma distância de segurança entre eles, participaram numa reunião com o diretor do novo hospital, Antonio Zapatero, que explicou como o estabelecimento foi posto a funcionar em tempo recorde devido à gravidade da pandemia em Espanha, que contabiliza 4.089 mortos e 56.188 contagiados com o novo coronavírus.
Os primeiros doentes deram entrada no hospital em Ifema na noite do passado sábado, depois de a Comunidade de Madrid ter preparado o recinto em apenas dois dias com a colaboração da Unidade Militar de Emergências (UME).
Este hospital provisório visa descongestionar os centros hospitalares da capital espanhola.
As instalações contam com 1.396 camas, 96 para cuidados intensivos, e cerca de 400 médicos e outros também enfermeiros e auxiliares trabalharão no local.
Esta visita de Felipe VI foi a primeira atividade fora do Palácio da Zarzuela desde que o governo decretou o estado de alarme devido à covid-19, que entrou em vigor no passado dia 14 e que foi, entretanto, prorrogado até 11 de abril.
“Este vírus não nos derrotará. Pelo contrário, tornar-nos-á mais fortes como sociedade”, declarou o Rei de Espanha, numa mensagem televisiva no passado dia 18, após uma reunião com o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e o comité de crise.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até ontem.