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Hospital de Santa Maria recebeu numa semana três unidades de cuidados intensivos

Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA
Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA

O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, recebeu esta semana a doação de três unidades de cuidados intensivos, alargando para 90 camas a capacidade de atendimento ao doente crítico com covid-19, foi hoje anunciado.

Segundo o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que inclui os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, a Fundação Oriente ofereceu uma unidade de cuidados intensivos (UCI) com 10 camas a este hospital.

Também esta semana o futebolista internacional português Cristiano Ronaldo e o empresário Jorge Mendes ofereceram duas UCI com 10 camas com ventiladores, monitores cardíacos, bombas e seringas infusoras, equipamento essencial no tratamento destes doentes.

Com o “gesto de solidariedade da Fundação Oriente”, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte alarga para perto de 90 camas a sua capacidade de atendimento ao doente crítico Covid-19, que conta já com um plano de oito unidades de cuidados intensivos, as quais serão acionadas em função das necessidades de internamento, adianta a instituição.

A estas ofertas, “juntam-se dezenas e dezenas de doações de particulares e empresas ou instituições, que de forma solidária” têm feito chegar quase diariamente ao centro hospitalar “milhares de equipamentos de proteção individual”, adiantou hoje fonte oficial do CHULN à agência Lusa.

A título de exemplo, citou as doações da PortoBay, da Rádio Renascença, da Associação de dentistas e da comunidade chinesa. “Aliás, a Embaixada da China fará chegar aos serviços do CHULN milhares de máscaras clínicas e centenas de fatos de proteção individual”, avançou.

O mesmo se aplica ao equipamento hospitalar, nomeadamente em relação a ventiladores e restante material para unidades de cuidados intensivos.

“Não podemos deixar de sublinhar também as doações de ventiladores da Fundação Benfica, da Rádio Renascença, da empresa Optibuilding e até de um particular, que se somam às aquisições já efetuadas pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e permitem reforçar o plano para assistência ao doente crítico durante a pandemia do novo coronavírus”, disse a mesma fonte.

Foram também doados alimentos, que têm sido distribuídos pelos vários serviços do Centro Hospitalar e que são especialmente importantes para profissionais que não se podem ausentar dos seus postos de trabalho, adiantou.

Destacou ainda projetos como o do Instituto Superior Técnico, que se propôs a produzir viseiras de proteção para os profissionais de saúde, “projetos que se multiplicam na região e se juntam ao trabalho incansável dos próprios profissionais dos serviços de apoio do CHULN no reforço do stock de equipamentos de segurança individual destinados às equipas”.

Segundo o centro hospitalar, que engloba os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, a primeira Unidade de Cuidados Intensivos dedicada ao doente crítico com o novo Coronavírus foi ativada no dia 06 de março e esta semana começou a funcionar a segunda.

A Medicina Intensiva do CHULN é Centro de Referência Nacional para ECMO (dispositivo de circulação extracorporal), técnica essencial ao tratamento de doentes críticos com covid-19 e apoia doentes críticos em todo o centro hospitalar e referenciados por outros hospitais.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados de covid-19 foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência até ao final do dia 02 de abril.

Segundo os últimos dados divulgados pela DGS, em Portugal há 60 mortes associadas à doença e 3.544 infeções confirmadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

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