Autarquia do Porto Santo denuncia “aproveitamento político” da oposição
A Câmara Municipal do Porto Santo critica a postura do Movimento Mais Porto Santo que, desde o início da pandemia Covid-19, em plena época de extrema complexidade, tem sido “activa na elaboração de missivas com muitas propostas endereçadas ao presidente da Câmara, que nada acrescentam e só vêm demonstrar a postura do Senhor Vereador, numa clara tentativa de dizer à população que está vivo, e nada mais”.
A denúncia da autarquia porto-santense, alerta ainda para o facto de as medidas apresentadas por José António Castro não virem acompanhadas por “estudos económico-financeiros e de impacto”.
Num comunicado enviado à redacção, o gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal diz que “é bem mais fácil estar na retaguarda, a observar, julgar e criticar quem está na linha da frente”, relembrando à oposição que este é “o tempo de acção e de trabalho” e não é altura de “combate político ou política baixa, barata e demagógica”.
Entende que as propostas e medidas que o vereador propõe “não têm cobertura e fundamento legal e não contribuem para ajudar a Câmara, nesta difícil fase”. Dá como exemplos a recomendação ao Presidente da Câmara Municipal para a tomada de posição mais “musculada” na defesa da reposição da operação aérea Funchal/Porto Santo, numa altura em que estão a ser encerrados aeroportos e o executivo “tudo tem feito para limitar as entradas, pugnando junto das entidades competentes pela sua limitação” e a proposta de redireccionamento dos fundos europeus da candidatura ao programa Madeira 14-20 (FEDER) para a recuperação e requalificação de fontanários, moinhos de Vento e ecoteca do Porto Santo, fundos esses que, segundo a autarquia, “não estão à disposição da Câmara e, se tivessem, só podiam ser utilizados para esse fim”.
Para o executivo da Ilha Dourada, trata-se de propostas que servem para “baralhar e atrapalhar” o trabalho em prol das pessoas e das empresas locais e, por isso, não vai “responder a este tipo de situações, nem gastar energias, pois não ajudam, nem contribuem para a implementação de medidas que apoiem definitivamente a nossa população”, reservando todas as energias para a “salvaguarda da saúde pública”, recusando entrar em “esquemas e debates políticos estéreis, que nada beneficiam a população”.
Sobre esta matéria, o executivo alerta os porto-santenses e às empresas locais para os vários apoios que estão e vão ser disponibilizados, quer pelo Governo da República e pelos diversos órgãos do Governo Regional da Madeira, que têm sido veiculados nos últimos dias, assim como durante a tarde de hoje.
Recorda ainda que tomará as medidas que lhe forem financeira e legalmente possíveis para “mitigar a presente situação, estando plenamente consciente do enorme impacto que a presente pandemia terá na nossa comunidade”.