Sindicato apela a imposição de limite de passageiros na aviação civil
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelou hoje à imposição de um limite de passageiros por voo e considerou “injusto” e “perigoso” que a regra utilizada nos autocarros não se aplique aos aviões.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do SNPVAC, Henrique Louro Martins, considerou que, tendo em conta a propagação da contaminação por covid-19 e as medidas adotadas para a combater, é “injusto” e “perigoso” que não se aplique aos poucos voos comerciais normais que ainda são permitidos o mesmo limite de 1/3 da ocupação máxima que foi adotado nos autocarros, previsto no Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março, que procede à execução da declaração do estado de emergência.
“Se um autocarro faz, por exemplo, da estação de Carcavelos à estação de Santo Amaro de Oeiras, leva 15 minutos e tem que levar 1/3 da ocupação, como é que um avião que faz Lisboa - São Paulo, que são 10 horas de voo, pode levar 297 [pessoas]”, questionou aquele dirigente, lembrando que, desta forma, não é possível cumprir a distância de dois metros entre cada uma delas.
“Não tem lógica nenhuma, porque as pessoas acabam por poder contrair esse vírus. Não há essa regra colocada para a aviação civil, o que, no nosso entender, está errado”, sublinhou.