África do Sul sobe para 927 casos de coronavírus
O número de casos de infeção pelo novo coronavírus na África do Sul aumentou nas últimas horas para 927 casos positivos, enquanto o Governo prepara um recolher obrigatório sem precedentes para contrariar a pandemia, anunciou hoje o ministro da Saúde.
Zweli Mkhize disse, em comunicado, que as autoridades identificaram 218 novos casos (eram 709) da covid-19 no país desde quarta-feira, sendo para já desconhecidos os resultados de 79 análises.
O governante informou que a província de Gauteng, envolvente a Joanesburgo e motor da economia do país, com um quarto da população de 57 milhões de habitantes, é a mais afetada, com 409 casos positivos.
Segundo Mkhize, a doença continua a propagar-se no Western Cape (229 casos), envolvente à Cidade do Cabo, e no KwaZulu-Natal (134), litoral do país e que faz fronteira com Moçambique.
Situação idêntica vive-se no centro do país, com 49 casos na província do Free State e também na província de Mpumalanga, noroeste, vizinha a Moçambique, que regista nove casos positivos, adiantou o ministro da Saúde.
Na província do Limpopo, norte do país, o número de casos subiu para seis casos de infeção positivos e as autoridades locais decretaram a realização de testes de covid-19 a todos os viajantes provenientes de outras províncias de risco, nomeadamente Gauteng.
North West (5), Eastern cape (5) e Northern Cape (2), são as restantes províncias sul-africanas afectadas pela pandemia que eclodiu no país em 1 de março.
O Governo, que anunciou o primeiro caso positivo de covid-19 em 5 de março, vai implementar a partir das 00:00 de hoje um recolher obrigatório de 21 dias para evitar a propagação da doença.
O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, destacou ainda o exército para ajudar a polícia a manter as pessoas em casa nas próximas três semanas.
“Estamos numa situação de guerra e temos que permanecer unidos contra este inimigo comum (global)”, afirmou hoje o chefe de Estado sul-africano.
As autoridades sul-africanas encerraram as fronteiras e o espaço aéreo do país.
Apenas serviços essenciais, como hospitais, clínicas, farmácias, bancos e supermercados e alguns transportes públicos em regime especial, vão permanecer operacionais, segundo o Governo.