Adiamentos dos Jogos Tóquio2020 implica sacrifícios e compromissos
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou hoje que o adiamento dos Jogos Tóquio2020 para 2021 implicará “sacrifícios e compromissos” de todos, nomeadamente atletas, federações e comités nacionais.
Durante uma conferência de imprensa por videoconferência, Bach anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar as várias consequências do adiamento dos Jogos Olímpicos, decidido na terça-feira, o primeiro em tempo de paz desde a primeira edição dos Jogos da era moderna, em 1896.
Thomas Bach admitiu que o cancelamento dos Jogos “esteve em cima da mesa”.
“É óbvio que a anulação dos Jogos foi discutida e estudada, mas nunca foi uma prioridade, porque a nossa missão é organizar os Jogos e tornar reais os sonhos dos atletas”, afirmou o alemão, que lidera o COI desde 2013.
Thomas Bach garantiu que os patrocinadores do evento “vão manter todos os seus direitos” na competição que vai decorrer em 2021.
Questionado sobre a aldeia olímpica, e o facto de muitos dos apartamentos já estarem vendidos, Thomas Baxhe referiu que essa “é uma das muitas perguntas às quais é preciso dar resposta”.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram na terça-feira o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
“Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”, lê-se no comunicado.
Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.