Farmácia do Hospital não entrega medicamentos ao domicílio na Madeira
A Farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça não está a garantir a entrega de medicamentos ao domicílio. A promessa de que essa seria uma prática foi deixada por governantes e fez parte das medidas anunciadas, no início da última semana, pelo próprio SESARAM, entre as que integram o plano de Contingência face ao COVID-19: “Toda a actividade da Farmácia de ambulatório geral e de hemato-oncologia, será assegurada pelo SESARAM EPE, que procederá à entrega no domicílio dos utentes sempre que necessário ou, em alternativa, nos Centros de Saúde da área de residência.”
A denúncia da situação chegou ao DIÁRIO por Alexandre Fernandes, que nos relatou o que aconteceu com a sua mãe, de 81 anos e com várias doenças. Uma pessoa que se encontra acamada, que reside em São Martinho, na Nazaré. A senhora é cuidada por uma das filhas, que se tem mantido em casa para evitar ser vector de contágio para a mãe, que está incluída nos grupos de risco.
Ontem, essa filha cuidadora, telefonou à Farmácia Hospitalar para solicitar a entrega da medicação no domicílio. Ao que nos garante Alexandre Fernandes, a resposta foi de que o serviço não está disponível, não tendo sido fornecida mais informação sobre se se tratar de um situação pontual ou duradoura.
A cuidadora terá sido informada de que, no caso dela, o levantamento da medicação tinha de ser feito de forma presencial na Farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, não podendo ser de outra forma. Foi garantido que a situação na instituição está calma e que estão a ser tomadas todas as medidas de segurança. A opção Centro de Saúde do Bom Jesus, para o caso concreto, não está disponível, ainda que para outros seja possível levantar lá os remédios.
Já nesta tarde, Alexandre Fernandes foi à Farmácia do hospital levantar a medicação e para sua agradável surpresa, foram-lhe entregues fármacos para dois meses, quando apenas eram fornecidos para um mês. Igualmente pela positiva, destacou o facto de ter sido alargado o funcionamento da Farmácia até às 20 horas.
Ao início desta tarde, o DIÁRIO solicitou esclarecimentos ao SESARAM, que ainda não respondeu. Quisemos saber: Por que razão ainda não está disponível a entrega ao domicílio? Quando deverá estar, se é que sempre estará? Em que centros de saúde será possível levantar a medicação da Farmácia Hospitalar? Quais serão os critérios que definirão a entrega no domicílio e a entrega nos centros de saúde?