Situação de portugueses nas Filipinas praticamente resolvida
A situação dos turistas portugueses, retidos nas Filipinas devido às restrições de viagens impostas em resposta à pandemia da covid-19, está praticamente resolvida, disse hoje à Lusa fonte da Embaixada de Portugal em Jacarta.
Em coordenação com várias embaixadas da UE foi possível organizar voos especiais para os turistas retidos em ilhas sem acesso a aeroportos internacionais e onde os voos domésticos foram suspensos.
A mesma fonte adiantou que os turistas portugueses estavam retidos em vários locais do arquipélago e pediram apoio por não conseguirem sair, devido a restrições aplicadas tanto em Manila, como noutras regiões do país.
Na terça-feira passada, o Presidente filipino, Rodrigo Duterte, declarou uma quarentena de um mês, que exige que as pessoas fiquem principalmente em casa e restringe as viagens terrestres, aéreas e marítimas em Luzon, a principal ilha do arquipélago de mais de 100 milhões de pessoas.
Vários turistas portugueses acabaram por ficar retidos em ilhas sem acesso a aeroportos internacionais com voos domésticos suspensos.
A mesma fonte da embaixada portuguesa na capital indonésia, cuja responsabilidade consular abrange as Filipinas, acrescentou que quase todos os portugueses conseguiu já obter voos de saída para Portugal, sendo “menos de uma dezena” os casos ainda a serem solucionados e que se prendem, agora, com restrições em voos e escalas.
No caso das Filipinas, como ocorre também com turistas retidos na Indonésia, funcionários da Embaixada de Portugal em Jacarta têm estado a acompanhar os casos em detalhe.
Um dos métodos para isso têm sido grupos de whattsapp, onde responsáveis consulares falam directamente com os portugueses com problemas, ajudando a comunicar informação actualizada e contactos para permitir lidar com as questões que surgem.
Na terça-feira passada, vários turistas tinham dito à Lusa que estarem “aflitos e desesperados” por estarem retidos nas Filipinas, sem conseguirem regressar a Portugal.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.