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Hong Kong proíbe entrada de não residentes

Foto EPA
Foto EPA

Hong Kong vai proibir todos os não residentes de entrarem na região semi-autónoma chinesa a partir de quarta-feira, disse hoje a chefe do Executivo local, como parte das medidas para tentar conter a propagação do novo coronavírus.

Carrie Lam ordenou ainda que todos os restaurantes e bares parem de servir álcool.

O número de pessoas infectadas em Hong Kong duplicou, nas últimas duas semanas, e atingiu os 318 casos, sobretudo após o retorno de pessoas da Europa e da América do Norte, onde o surto assumiu maior proporção nas últimas semanas.

Até à data, e apesar da proximidade com a China continental, o “centro” financeiro internacional tinha conseguido evitar o surto do novo coronavírus, em particular graças às precauções tomadas pela população local, como o uso de máscara, lavar as mãos e manter a distância social.

“A partir da meia-noite de 25 de Março, todos os não residentes de Hong Kong que chegarem de avião do exterior não poderão entrar na cidade”, disse Carrie Lam.

A medida vigorará durante duas semanas, podendo ser prolongada no final desse período.

O trânsito de passageiros pelo aeroporto da cidade - a oitava mais movimentada do mundo - também será interdita, acrescentou.

O Governo de Macau anunciou, na semana passada, uma medida idêntica, com excepção para trabalhadores não residentes que residam na China continental, Hong Kong e Taiwan, o que afeta parte da comunidade portuguesa.

Em Hong Kong o Executivo ditou ainda que cerca de 8.600 restaurantes e bares licenciados permanecerão abertos, mas não poderão mais servir bebidas alcoólicas.

As autoridades de saúde estavam preocupadas com o agrupamento de pessoas em alguns dos bairros movimentados da cidade.

Na semana passada, uma série de contaminações foi registada entre as pessoas que se encontravam no distrito de Lan Kwai Fong, conhecido pela vida nocturna.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, entre as quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro passado, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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