Promotor da Fórmula 1 prevê calendário com 15 a 18 corridas
O calendário do campeonato do Mundo de Fórmula 1, já com oito grandes prémios cancelados ou adiados, deverá ter de 15 a 18 corridas, devido à pandemia de Covid-19, informou hoje o diretor executivo da empresa promotora.
A temporada de 2020 tinha previstas 22 provas, mas dada a rápida propagação do novo coronavírus, o calendário teve de ser revisto, sendo que não deverá iniciar-se antes de 14 de junho, data prevista para o GP do Canadá, em Montreal.
“Reconhecemos, de facto, que há um potencial risco de atrasos adicionais nos eventos que constam atualmente no programa, mas esperamos, assim como os nossos parceiros, que a temporada comece num momento ou outro neste verão, com o calendário revisto para 15 a 18 corridas”, explicou Chase Carey, em comunicado.
De acordo com o diretor norte-americano, a última corrida da temporada deverá acontecer no final de novembro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, contudo admite que “a temporada se possa estenda além das datas finais inicialmente previstas para o fim de semana de 27 a 29 novembro”.
Embora o ideal fosse “especificar e prever” com mais certeza o calendário de 2020, Carey afirma que tal “não é possível neste momento”.
“Não é possível prever neste momento um calendário mais específico, devido às circunstâncias [do novo coronavírus], mas esperamos ter uma visão mais clara da situação nos nossos países anfitriões, bem como das possibilidades de deslocação nos próximos meses”, acrescentou.
O Grande Prémio da Austrália, primeira ronda do calendário, foi cancelado no dia em que deveriam desenrolar-se os treinos livres. China, Bahrain, Vietname, Países Baixos e Espanha também adiaram as suas provas para datas posteriores, enquanto o Mónaco cancelou definitivamente a sua histórica prova.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.