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Amazon deixa de aceitar encomendas “menos prioritárias” em França e Itália

Foto EPA/TANNEN MAURY
Foto EPA/TANNEN MAURY

A multinacional retalhista ‘online’ Amazon vai deixar de aceitar encomendas consideradas “menos prioritárias” nos sites francês e italiano, para se concentrar nos produtos mais procurados durante a pandemia da covid-19, anunciou no sábado a empresa norte-americana.

“Devemos focar os recursos disponíveis nos artigos mais prioritários e, a partir de hoje, deixar temporariamente de receber pedidos de determinados produtos menos prioritários em amazon.fr e amazon.it”, refere a Amazon num comunicado citado pela Agência France-Presse.

De acordo com a multinacional, “os trabalhadores dos centros de distribuição irão concentrar-se na receção e expedição dos produtos de que os clientes mais precisam no momento atual”.

Ou seja, tal como já acontece nos Estados Unidos, será dada prioridade a produtos de higiene ou produtos básicos para o lar.

Esta decisão aplica-se apenas a novas encomendas, as que já foram recebidas serão honradas.

Outros vendedores externos, que não passam pela logística da Amazon, não serão afetados pela decisão da empresa.

“Os clientes podem continuar a comprar muitos desses produtos [considerados menos prioritários] com vendedores externos [mas através dos sites da Amazon], que podem fazer o envio direto”, sublinha a empresa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 do que na sexta-feira) em 53.578 casos (mais 6.557, um recorde em 24 horas). Segundo as autoridades italianas, 6.062 dos infetados já estão curados.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 562 mortes (14.459 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos, tendo sido registados 3.255 mortes e 71.740 pessoas curadas.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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