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São Paulo instalará hospitais de campanha em estádio e sambódromo

Foto EPA
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A cidade brasileira de São Paulo terá dois hospitais de campanha montados no estádio de futebol de Pacaembú e no Sambódromo do Anhembi para tratar pessoas infectadas com o novo coronavírus, anunciou ontem o prefeito do município.

Em conferência de imprensa, Bruno Covas informou que o complexo do Anhembi, um gigante centro de convenções de mais de 400.000 metros quadrados, onde está localizado o Sambódromo, entre outras instalações para espectáculos e exposições, abrigará 1.800 camas para pessoas doentes com covid-19.

Em Pacaembú, uma das sedes do Mundial de Futebol de 1950, que foi palco de várias das melhores performances do jogador Edson Arantes do Nascimento “Pelé”, as autoridades locais montarão mais 200 camas.

O estádio, que também sediou os Jogos Pan-Americanos de 1963, iria permanecer fechado pelos próximos dois anos para obras de remodelação.

“Vamos adaptar esses dois espaços, um deles cedido pela nova concessionária do Pacaembú, que estará pronto em duas semanas. As 1.800 vagas do Anhembi estarão prontas em três semanas”, afirmou Covas.

O prefeito de São Paulo esclareceu que os dois hospitais de campanha atenderão pacientes de baixa gravidade, para que os mais graves possam receber atendimento sem problemas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos centros da rede pública de Saúde.

O Brasil, com uma população de 210 milhões de pessoas, registou até agora seis mortes e tem 621 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, segundo informou na quinta-feira o Ministério da Saúde.

São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afectado pelo coronavírus, com quatro mortos e 286 casos confirmados.

Segue-se o Rio de Janeiro, que registou hoje dois óbitos e 65 infectados.

Dessa forma, o sudeste brasileiro tornou-se na região com mais casos confirmados, num total de 391 infectados.

No lado oposto está a região norte, com oito casos positivos para o novo coronavírus.

Bruno Covas não descartou a abertura de mais hospitais de campanha no caso de um crescimento exponencial de infecções na capital paulista, onde vivem cerca de 12 milhões de pessoas.

Alguns clubes de futebol brasileiros, como o Corinthians e o São Paulo, ofereceram as suas instalações para garantir atendimento médico face à pandemia, em caso de necessidade.

Nos últimos dias, as autoridades de São Paulo fecharam escolas, museus, centros comerciais e, desde hoje, vários tipos de comércio, excepto supermercados, farmácias, bares e restaurantes, a fim de conter a propagação do vírus.

O governador de São Paulo, João Doria, também anunciou hoje o encerramento, a partir de sábado, de todos os parques municipais e regionais, após registar um aumento no número de visitantes nos últimos dias.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infectou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

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