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“O apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem sido zero”, acusa Paulo Oliveira retido em Bissau

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“O apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem sido zero”. É desta forma crítica que Paulo Oliveira, vogal do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, reage à situação que neste momento vive na Guiné Bissau. Está retido juntamente com a namorada devido à dificuldade de transporte aéreo para Portugal em consequência do covid-19.

“A Linha de Emergência não funcionou. A forma como os números de emergência consular, divulgados pelo ministro [Augusto Santos Silva] não funcionaram e quando funcionaram fomos atendidos por duas funcionárias maldispostas sem disponibilidade nenhuma para ajudar”, acusou desde Bissau onde espera regressar o mais rápido à Madeira.

O casal está desde o início de Março neste país africano, em gozo de férias mas também para aproveitar para enriquecer os seus conhecimentos nomeadamente para assistir um conjunto de projectos ligados à biodiversidade em articulação com o desenvolvimento social, mas, de repente, tudo mudou: “Nada previa esta evolução galopante do covid-19 teve”.

Prosseguindo o relato: “Quando apercebi que as fronteiras estavam todas as fechar decidi efectuar o regresso. Chegamos a Bissau, mas o aeroporto já estava fechado. A preocupação é estarmos num país com um sistema de saúde muito frágil e temos os nossos pais em Portugal que precisam da nossa presença”.

Em resumo a situação é esta: “Apoio do MNE é zero, o apoio da Embaixada tem sido simpática, mas não é isso que necessitamos. Estamos bem, temos comer, estamos num hotel, estamos confortáveis, não estamos em grandes dificuldades no nosso dia-a-dia, mas queremos voltar”.

Diz que soube pelo Observador que nos próximos dias vai haver um voo para retirar os portugueses de Cabo Verde, Guiné e de outras ilhas, “mas soubemos pela comunicação social”.

“Os serviços do MNE não tiveram a sensibilidade humana de contactar aqueles que estão atravessar por isto. Nem falo por mim. Penso nas outras pessoas que estão por essa África fora que devem estar em piores condições que eu”, expressa num tom crítico ao modo de actuação do governo de António Costa.

De resto, afiança que tem estado em contacto com o Governo madeirense e, na “medida do possível, o governo tem estabelecido a ponte com o MNE que não resulta em resposta alguma, mas o governo madeirense tem estado presente, isso tem”, rematou curto diálogo que manteve com o DIÁRIO.

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