API regista procura por “informação séria, segura e jornalisticamente editada”
João Palmeiro promete continuar a lutar junto do Governo por medidas de apoio para jornais e revistas
Nesta fase de crise nacional causada pela pandemia do Covid-19, é cada vez mais importante informar os cidadãos do que se vai passando pelo país e pelo mundo.
Fazendo uma análise ao sector da imprensa nacional, João Palmeiro, Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Imprensa (API), diz que cerca de 1/5 dos postos de venda de publicações periódicas encerraram neste período, o que significa alguma “diminuição das vendas de jornais e revistas”, mas congratula-se com o facto de em Lisboa se registar mais vendas de exemplares, justificada pela “procura de informação séria, segura e jornalisticamente editada”.
Contudo, João Palmeiro alerta para a diminuição da publicidade por parte do comércio local, situação que afecta muito mais a imprensa de proximidade.
Com a saída da regulamentação do Estado de Emergência, entende que os únicos constrangimentos que podem acontecer irão decorrer “de doença dos trabalhadores da distribuição (como os próprios CTT já reconheceram), encerramento voluntário de pontos de vendas ou medidas de contenção sanitária como aconteceu recentemente no município de Ovar”, não havendo mais “nenhuma medida que impeça o normal funcionamento de gráficas e das distribuidoras de publicações”.
Tendo isso em conta, a Associação Portuguesa de Imprensa e a Associação Portuguesa de Imprensa Cristã entregaram ao Governo, logo que foi decretado o Estado de Alerta, “uma série de propostas de carácter fiscal que permitiriam de uma forma simples e quase imediata, alguma melhoria das condições da actividade”, refere João Palmeiro, aguardando a integração destas medidas para apoiar as empresas.
Acredita que será possível encontrar soluções para assegurar a continuidade da actividade de edição de jornais e revistas, e promete continuar a “manifestar junto do Governo as nossas posições para que sejam tomadas medidas para o nosso sector, neste tempo de crise.