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Madeira

Albuquerque rejeita “dramas” sobre demissão do director clínico do Serviço Regional de Saúde

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O presidente do Governo Regional da Madeira disse hoje que “não vale a pena fazer dramas” sobre a demissão do diretor clínico do Serviço de Saúde, assegurando que o exercício de funções nesta área “continua a funcionar em pleno”.

“O direto clínico nomeado entendeu que não tinha condições para exercer o cargo e apresentou a demissão. Iremos encontrar uma solução como sempre encontramos, numa plataforma de diálogo, entendimento e cooperação entre todos os agentes da saúde na Madeira”, disse à Lusa Miguel Albuquerque, explicando que o pedido de demissão de 33 diretores de serviço e coordenadores de unidades do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) “foi na sequência desse processo”.

O presidente do Governo Regional da Madeira falava à margem de uma visita à 25.ª edição do Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa, onde se cruzou com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem trocou cumprimentos, sorriu para as fotos, brindou com vinhos regionais e petiscou produtos madeirenses, com destaque para a banana da Madeira.

À margem da visita ao expositor da Madeira, o líder do executivo, Miguel Albuquerque, garantiu que o Sesaram “continua a funcionar em pleno”, pelo que a situação das demissões “não é preocupante”.

“Tentámos chegar a um entendimento, não houve esse entendimento, portanto, ele [o diretor clínico do Sesaram, Mário Pereira], entendeu que não tinha condições para continuar e apresentou a demissão”, indicou o presidente do Governo Regional da Madeira, acrescentando que “em breve” será anunciado quem o substitui.

Considerando que “não há nenhuma urgência, nem há nenhum problema”, porque os serviços continuam a funcionar, Miguel Albuquerque referiu que o Governo Regional vai “dialogar, pensar, auscultar e, depois, decidir” sobre a nomeação do novo diretor clínico do Sesaram.

“Os médicos da Madeira e os diretores, quer aqueles que pediram a demissão, quer os outros, são pessoas responsáveis e sabem enquadrar aquilo que são desentendimentos pontuais dentro daquilo que é o exercício de funções ao serviço da saúde pública da Madeira”, declarou o líder do executivo regional.

Questionado sobre a posição do grupo parlamentar do PS na Assembleia da Madeira, que pediu a demissão do secretário regional da Saúde e responsabilizou o líder do executivo pela polémica em torno do diretor clínico do Serviço de Saúde, Miguel Albuquerque acusou os socialistas madeirenses de terem “falta de espelhos”.

“O PS da Madeira tem um problema, tem um problema de falta de espelhos, porque, se tivesse os espelhos, estava calado, dado o estado caótico em que está o Serviço Nacional de Saúde. Se fosse para olhar para o que é que se passa no Serviço Nacional de Saúde, tinham de ter um ministro todas as semanas”, apontou o presidente do Governo Regional da Madeira.

Em 27 de fevereiro, o médico ortopedista nomeado diretor clínico do Sesaram, Mário Pereira, que tem sido contestado por um grupo de diretores de serviço, renunciou ao cargo.

A nomeação de Mário Pereira, ex-deputado do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira e, enquanto parlamentar, um dos maiores críticos do serviço de saúde da região, para o cargo de diretor clínico do Sesaram gerou desde o início uma onda de polémica por parte da maioria dos diretores clínicos.

Mário Pereira tomou posse em 07 de fevereiro e foi contestado pelos seus pares, que mantiveram várias reuniões na sede da Ordem dos Médicos da Madeira, tendo a maioria optado por demitir-se das direções de serviço, exigindo a demissão do diretor clínico nomeado.

Um dia antes, 33 diretores de serviço e coordenadores de unidades do Sesaram apresentaram a sua demissão, que não foi aceite pelo Governo Regional.

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