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Escolas vão poder ser avaliadas pelas assimetrias nas suas turmas

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A inspeção-geral de Educação vai passar a dispor de informação estatística por escola que permite perceber se existem assimetrias na formação de turmas em termos de contexto socioeconómico e de retenções dos alunos, podendo refleti-la na avaliação dos estabelecimentos.

A novidade foi hoje avançada pelo secretário de Estado da Educação, João Costa, num encontro com jornalistas sobre a atualização dos dados do portal de estatísticas InfoEscolas, que, adiantou o governante, passa agora a ter uma área de acesso reservado às escolas com informação sobre os cursos superiores escolhidos pelos seus alunos (no caso das escolas com ensino secundário), sobre o contexto socioeconómico dos alunos e como comparam com o país (apenas território continental) e, a maior novidade, informação de contexto socioeconómico por turma, que permite detetar assimetrias.

Através desta informação vai ser possível perceber se as escolas estão a criar turmas de alunos repetentes, ou alunos de contextos socioeconómicos diferenciados, dados que vão estar também acessíveis à Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), que os vai poder utilizar para desencadear inspeções, se for caso disso, ou refleti-los na avaliação externa das escolas, um processo que está em curso.

Essa avaliação é outra das novidades nas atualizações do InfoEscolas, que passa agora a disponibilizar os relatórios da IGEC dos processos já concluídos.

Segundo dados adiantados por João Costa, há 15 escolas com avaliação já concluída e até ao final do ano vão ser 91.

O Ministério da Educação espera que em breve o portal possa também disponibilizar outro novo indicador, ainda a ser construído, que é o da superação do contexto.

O indicador de percursos diretos de sucesso já avalia a capacidade de as escolas superarem, ou não, o seu contexto socioeconómico, mas tem em conta na análise todos os alunos da escola.

O novo indicador de superação do contexto é uma “afinação” desse outro indicador, que analisa apenas os alunos de contextos desfavorecidos e a capacidade de a escola contribuir para a mobilidade social e o combate às desigualdades.

Será também um indicador importante no processo de avaliação externa das escolas, uma vez que vai permitir determinar resultados para a equidade na escola.

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